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Menino de 12 anos fratura no tornozelo e morre: como isso é possível?

O caso de Arthur Barros, que morreu em decorrência de uma fratura no tornozelo, é incomum, de acordo com especialista

12 dez 2023 - 15h31
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Foto: iStock

O caso de Arthur Barros da Silva, de 12 anos, que morreu em decorrência de uma fratura no tornozelo em Guarujá (SP), chocou o país nesta semana. O menino machucou a perna durante uma partida de futebol na aula de educação física. A causa da morte, de acordo com o atestado de óbito, foi insuficiência respiratória aguda, tromboembolismo pulmonar e fratura da perna direita. 

Esse tipo de fratura, na maioria dos casos, não representa uma ameaça direta à vida. O Terra conversou com um especialista para entender se uma fratura óssea pode levar à óbito. Segundo o médico ortopedista Luiz Felipe Carvalho não é comum que apenas as fraturas levem a óbito, a menos que elas sejam em grande quantidade ou desencadeiem outros sintomas. 

De acordo com o especialista, uma fratura pode desencadear outros problemas, como afetar os vasos sanguíneos da região, podendo causar os chamados trombos, ou coágulos sanguíneos.

“Eles podem, em alguns casos, se desprender do local onde foram formados e se deslocar para o pulmão, gerando um embolia pulmonar que pode ser fatal. Fraturas de ossos longos mobilizam mais gordura, então esse tem o maior risco de trombo. 

Felipe destaca que também pode acontecer da fratura, ou o tempo de imobilização durante a recuperação, afetar os vasos sanguíneos, gerando trombos que podem evoluir para embolia pulmonar e ser fatal.

O que aconteceu com Arthur?

Vale destacar que Arthur buscou ajuda médica dois dias após machucar a perna. No primeiro atendimento, em uma UPA (unidade de pronto atendimento) o machucado foi diagnosticado erroneamente como uma luxação. Com a dor persistente, a família levou o garoto novamente à UPA e pediu encaminhamento ao hospital.

Somente no hospital, após um raio-x, a fratura da tíbia distal (osso próximo ao tornozelo) foi diagnosticada. A perna foi imobilizada, Arthur foi medicado e liberado.

Mesmo medicado, Arthur continuou sentindo dores fortes e voltou à UPA dois dias depois de ser imobilizado, onde novamente foi encaminhado ao hospital. Lá, o garoto passou com um cirurgião vascular, foi medicado e internado.

Em entrevista ao G1, a tia do garoto, Fabiana Barros Santana, falou em negligência médica. “No decorrer da madrugada, ele já vinha passando mal e eu pedi que a médica subisse pra avaliá-lo, mas ela falou que não iria porque ele já estava mais do que medicado. A médica não subiu e, na manhã do dia seguinte [27 de novembro], meu sobrinho veio a óbito."

Como é feito o tratamento de uma fratura?

Para tratar uma fratura, primeiro a extensão e o tipo da lesão é avaliada por meio de exames de imagem. Gesso, imobilização ou cirurgia podem ser necessários dependendo da gravidade.

A redução e imobilização correta alinham os ossos para sua cicatrização em casos mais simples. Em casos mais graves, cirurgias, placas, parafusos ou pinos são utilizados para estabilizar a fratura. “Em ambas as situações deve haver um acompanhamento médico durante a recuperação”, ressalta o ortopedista Luiz Felipe Carvalho.

O médico salienta que lesões que afetam a coluna, quadril, pelve e ossos longos, como fêmur ou úmero, precisam de atenção prioritária pelo seu potencial de complicações. 

“Fraturas na coluna, por exemplo, podem resultar em danos neurológicos graves, fraturas pélvicas, por sua vez, podem causar sangramento interno ou lesões em órgãos vitais”, diz o médico. 

Fonte: Redação Terra Você
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