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Ministério exalta capacidade de testar coronavírus e minimiza subnotificações

Secretário-executivo da saúde, João Gabbardo dos Reis, compara os dados do Brasil ao da Coreia do Sul

9 abr 2020 - 18h25
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BRASÍLIA - O Ministério da Saúde classificou como "satisfatória" a capacidade de o Brasil oferecer testes para identificar contaminações pelo novo coronavírus, se comparada com os demais Países do mundo. O secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, minimizou o desempenho da Coreia do Sul, considerada referência na aplicação de testes na população.

"Estamos sendo questionados com relação ao número de testes. Qual o melhor país? Coreia do Sul? Não chegou a fazer 500 mil testes. Testou 450 mil pessoas. Alguém pode dizer que a população é de 50 e poucos milhões (51,47 milhões). É um quarto da nossa. Vamos fazer muito mais. Antes de criticar o que estamos fazendo, é legal comparar com os demais. A questão do teste é extremamente complexa. O que o Ministério da Saúde tem conseguido é motivo de satisfação", afirmou.

O secretário de vigilância da pasta, Wanderson de Oliveira, admitiu a subnotificação de casos de coronavírus, mas ponderou que ela também existe para outras doenças. Além disso, por conta da dimensão da pandemia, ele diz acreditar que ela é muito menor do que poderia ser e, por isso, não impacta planejamentos.

"Tenho absoluta certeza, dada a cobertura da imprensa, que ela é muito inferior do que em um ano interepidêmico. Não creio que essa questão da subnotificação vai influenciar muito o planejamento. Associado a isso, temos portaria que está para ser publicada falando da obrigatoriedade dos registros de internação. Então, juntando todos os elementos vamos buscar diminuir ao máximo", disse.

Wanderson de Oliveira, secretário nacional de Vigilância em Saúde
Wanderson de Oliveira, secretário nacional de Vigilância em Saúde
Foto: Marcello Casal/ Agência Brasil / Estadão

Incógnita

A crise no fornecimento de testes para checar as contaminações pelo novo coronavírus não dá trégua. O planejamento do Ministério da Saúde conta com 22,9 milhões de testes, adquiridos ou doados, incluindo os testes moleculares, que são mais precisos no resultado, e os testes rápidos (sorológicos). Ocorre que, até agora, só há previsão de entrega para 9,183 milhões. Para as demais 13,7 milhões de unidades, o prazo é uma incógnita.

A informação é da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. O boletim da covid-19 desta quinta-feira informa ainda que, desses 9,183 milhões de testes com programação de entrega confirmada, apenas 904.872 unidades já foram entregues, sendo 500 mil unidades do teste rápido e 404.872 unidades do teste molecular, também conhecido pela sigla RT-PCR. A remessa integral só deve ser concluída no fim de julho.

Na prática, o ministério recebeu apenas 9,9% desta parcela de testes com entrega programada. Em abril, a previsão é de que mais 525 mil testes moleculares serão entregues. Três remessas de 1 milhão de testes cada estão programadas para maio, junho e julho.

Conforme revelou o Estado, o Ministério da Saúde detectou "limitações importantes" nos 500 mil testes rápidos doados pela mineradora Vale, fabricados na China, e pediu cautela a gestores do SUS ao aplicar o produto. A desconfiança do governo federal surgiu após análise de qualidade de um laboratório privado, feita a pedido da pasta, apontar 75% de chance de erro em resultados negativos para o novo coronavírus.

Estadão
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