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Alterar vírus do herpes destrói célula do câncer de pele

De acordo com estudo, esse tratamento estimula o sistema imunológico contra os tumores

27 mai 2015 - 13h11
(atualizado às 16h27)
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Foto: iStock

Um tratamento viral composto pelo vírus do herpes modificado com engenharia genética impede a evolução do câncer de pele e destrói suas células, afirma um estudo do Instituto de Pesquisa do Câncer de Londres.

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O estudo, divulgado nesta quarta-feira (27) no Reino Unido, revela que este tratamento, além de destruir as células cancerígenas da pele, ativa e estimula o sistema imunológico contra os tumores.

Os pesquisadores estudaram 436 pacientes que apresentavam melanomas agressivos e inoperáveis. Esses foram divididos em grupos e receberam respectivamente uma injeção do tratamento viral chamada "Talimogene Laherparepvec" (T-VEC) e um tratamento de controle.

De acordo com o estudo, 16,3% do grupo que recebeu o tratamento viral T-VEC desenvolveu uma resposta positiva ao realizado durante mais de seis meses, mais que os 2,1% dos que receberam o tratamento de controle.

A pesquisa foi comandada por cientistas do The Institute of Câncer Research (ICR) de Londres, que coordenou mais de 64 centros de pesquisa em nível mundial, entre eles a Universidade de Oxford.

As respostas mais enfáticas ao tratamento foram em pacientes nos quais o câncer estava em seus primeiros estágios e naqueles que ainda não tinham recebido nenhum tipo de tratamento.

Um dos pesquisadores, o professor do ICR, Kevin Harrington, ressaltou que "há um interesse crescente nos tratamentos virais contra o câncer, já que estes agem contra a doença de duas formas diferentes: destruindo as células cancerígenas e ativando o sistema imunológico contra o tumor".

"Além disso, como o tratamento viral ataca as células cancerígenas de maneira específica, há menos efeitos secundários que outros métodos tradicionais", detalhou Harrington.

O professor e diretor-executivo do ICR, Paul Workman, afirmou que "pensamos nos vírus como os inimigos da humanidade, mas é sua habilidade para infectar e destruir células humanas o que os faz tão promissores nos tratamentos contra o câncer".

"É emocionante ver o potencial do tratamento viral e há esperança de que estes tratamentos sejam mais efetivos no futuro juntos a outros remédios contra o câncer para obter o controle e a cura da doença a longo prazo", relatou Workman.

EFE   
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