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Morte cerebral é quadro irreversível: entenda como jogador do Bragantino saiu da UTI

Médicos deram início a protocolo para verificar o diagnóstico em Pedro Henrique Severino, que sofreu grave acidente no início de março

27 mar 2025 - 07h46
(atualizado às 12h04)
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Resumo
O jogador Pedro Henrique Severino, de 19 anos, sofreu grave acidente e estava sob protocolo de morte cerebral, mas tossiu em meio aos testes, indicando atividade cerebral; ele já deixou a UTI.
Família de Pedro Severino pede privacidade sobre estado de saúde do jogador
Família de Pedro Severino pede privacidade sobre estado de saúde do jogador
Foto: Reprodução/Instagram / Contigo

O jogador Pedro Henrique Severino, de 19 anos, do Red Bull Bragantino, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Unimed Ribeirão Preto na segunda-feira, 24, dias após os médicos terem iniciado o protocolo de morte cerebral. Em 4 de março, ele retornava do período de folga para se apresentar ao Bragantino quando o carro em que estava colidiu com uma carreta, o deixando inconsciente e com grave trauma craniano.

No dia seguinte ao acidente, os médicos deram início ao protocolo de morte cerebral. Isso não significa que Severino teve morte cerebral decretada. Quer dizer que os médicos realizaram uma série de testes para verificar o diagnóstico, que não foi constatado — na penúltima etapa de testes, ele tossiu, interrompendo o protocolo. O quadro de morte cerebral é irreversível.

Segundo o médico neurologista Raphael Ribeiro Spera, membro da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) e da Comissão de Comunicação e Editoração (CCE), a morte cerebral, ou morte encefálica, é a permanente perda da função cerebral. O quadro pode ser causado por trauma, após um AVC Isquêmico ou sangramento, por exemplo, ou após uma parada cardíaca que não tenha sido assistida logo de início.

A partir do momento em que os médicos cogitam esse diagnóstico, abre-se um protocolo. Para tal, o paciente precisa estar há no mínimo seis horas em observação no hospital, apresentar estabilidade clínica e temperatura corporal acima de 35º C. Então, os médicos iniciam uma série de testes.

"Esses testes vão desde provocar estímulos de dor até desconectar o paciente do ventilador, deixá-lo com oxigênio a 100% e observar, após um período de dez minutos, o nível de gás carbônico no sangue", afirma Spera. "Um deles inclui provocar estímulo na traqueia do paciente com uma cânula de aspiração e observar se ele tosse."

De acordo com o médico neurologista Fidel Meira, membro titular da ABN, a tosse é um reflexo do tronco encefálico, uma das regiões mais profundas e vitais do cérebro. Se ele está presente, isso significa que há ainda alguma função cerebral ativa, ou seja, não é possível afirmar que houve morte encefálica.

Além da tosse, outros sinais indicam atividade no tronco cerebral. São elas: reação das pupilas à luz, movimento ocular quando se gira a cabeça (reflexo óculocefálico), resposta ao toque na córnea, movimentos respiratórios espontâneos ou qualquer tipo de resposta motora que não seja exclusivamente da medula espinhal.

"Se qualquer uma dessas respostas estiver presente, o protocolo deve ser suspenso. A morte encefálica só pode ser diagnosticada na ausência completa de todas essas funções", diz Meira, ressaltando que, no Brasil, além do protocolo, é obrigatória a realização de um exame complementar que comprove a ausência de atividade cerebral.

"Esse teste pode ser o eletroencefalograma, que avalia a atividade elétrica do cérebro, ou o Doppler Transcraniano, que detecta a ausência de fluxo sanguíneo cerebral. Apenas com todos esses critérios preenchidos é possível confirmar a morte encefálica", acrescenta.

Fonte: Redação Terra
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