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MP manda prefeitura de Presidente Prudente contratar leitos para covid em outras cidades

Pessoas com o coronavírus aguardam vagas para internação em hospitais da cidade, que estão lotados

16 dez 2020 - 14h01
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SOROCABA - O Ministério Público de São Paulo mandou a prefeitura de Presidente Prudente, no oeste paulista, contratar leitos em hospitais da região para garantir o atendimento a pacientes acometidos pela covid-19. Na manhã desta quarta-feira, 16, 12 pessoas com o coronavírus aguardavam vagas para internação em hospitais da cidade, que estavam lotados. No dia anterior, a cidade havia registrado 55 novos casos de covid e um recorde no número de pessoas internadas - 79 pacientes, dos quais 29 em UTI.

Conforme o promotor Marcelo Creste, as enfermarias do Hospital Regional e da Santa Casa de Presidente Prudente tinham atingido a ocupação máxima. "É sabido que o município não tem hospital próprio e tampouco criou leitos clínicos para o enfrentamento da covid-19, ao contrário de outros municípios, como Dracena, por exemplo. Também não instalou hospital de campanha", disse. O promotor determinou que a prefeitura faça uso de verba federal já liberada para enfrentamento da pandemia, ampliando a oferta de leitos à população.

Segundo o MP, o Hospital Regional de Presidente Prudente está com todos os leitos clínicos para covid-19 ocupados
Segundo o MP, o Hospital Regional de Presidente Prudente está com todos os leitos clínicos para covid-19 ocupados
Foto: HR Presidente Prudente/Divulgação / Estadão

Ele citou quatro hospitais com disponibilidade de vagas para internação em leito clínico: Santa Casa de Presidente Bernardes, Hospital de Porto Primavera, em Rosana, Santa Casa de Regente Feijó e Santa Casa de Teodoro Sampaio. "Impõe-se que o município, com agilidade, faça a pactuação e garanta o pagamento aos hospitais e, em consequência, o pronto atendimento ao paciente prudentino. Aponto a necessidade de agilidade porque, com a aceleração do contágio nos últimos dias, o cenário é sombrio e, se providências não forem tomadas, teremos um janeiro apocalíptico", escreveu.

Creste lembrou que o município comprou cinco leitos para transferir pacientes para a Santa Casa de Presidente Venceslau, cidade a 75 km de Prudente, mas "ao que consta, a ocupação máxima também lá se estabeleceu". No último dia 3, o juiz da Vara da Fazenda Pública, Darci Lopes Beraldo, concedeu liminar em ação do MP determinando que o Estado abrisse dez leitos de UTI no Hospital Regional de Presidente Prudente. O cumprimento da ordem não foi suficiente para sanar a falta de leitos para covid-19 na cidade.

A prefeitura confirmou ter recebido o ofício da promotoria e disse que "o pedido será analisado em conjunto com o gabinete e a Secretaria da Saúde". Segundo o município, a contratação de cinco leitos clínicos na Santa Casa de Presidente Venceslau é prova de que as medidas estão sendo tomadas. "(A prefeitura) vem dialogando com outras instituições para ampliar estas contratações", disse em nota.

Estadão
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