Mpox: como pode afetar pessoas com diabetes e quais são os riscos
Entenda a relação entre Mpox e diabetes
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma emergência de saúde global devido à rápida propagação do MPOX, popularmente conhecido como "varíola dos macacos". Embora a maioria das pessoas infectada pelo vírus se recupere sem complicações, indivíduos com sistemas imunológicos enfraquecidos, como as pessoas com diabetes e outras doenças crônicas, estão em maior risco.
Com mais de 14.000 casos e 524 mortes relatadas apenas na África em 2024, a situação preocupa as autoridades. O comunicado destaca a necessidade urgente de medidas coordenadas para conter o surto e evitar uma crise de saúde pública em larga escala.
Por que pessoas com diabetes estão mais vulneráveis à Mpox?
O diabetes afeta a capacidade do organismo de combater infecções, isso faz com que as pessoas que convivem com a doença crônica fiquem mais suscetíveis a complicações. Além disso, a hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue) pode prejudicar a cicatrização de feridas, um dos principais sintomas da Mpox.
As lesões causadas pela doença podem demorar mais para cicatrizar em pessoas com diabetes, aumentando o risco de infecções secundárias e retardando a recuperação.
Um estudo publicado em janeiro de 2023 investigou como o diabetes mellitus afeta a resposta do corpo ao vírus Mpox. Os resultados demonstram que o diabetes mellitus pode agravar a infecção. Além disso, os pesquisadores concluíram que os medicamentos utilizados no tratamento do diabetes podem auxiliar na proteção contra o vírus e fortalecer o sistema imunológico ao manter os níveis de glicose controlados.
Quais os riscos em pessoas com diabetes:
- Infecções secundárias: as lesões da Mpox podem se infectar com bactérias, dificultando o tratamento e prolongando a doença.
- Complicações em outras partes do corpo: a Mpox pode afetar outros órgãos, como os olhos e os pulmões, causando problemas de visão e dificuldades respiratórias.
- Hospitalização: em casos graves, pode ser necessária a hospitalização para tratamento intensivo.
Por que a OMS está preocupada?
- Novas variantes: o surgimento de novas variantes do vírus pode tornar a doença mais transmissível ou causar sintomas mais graves.
- Aumento de casos: o número de casos de Mpox cresce em diversas regiões do mundo, o que indica que a doença não está controlada.
- Grupos vulneráveis: pessoas com comorbidades, como diabetes, são mais suscetíveis a complicações da Mpox.
Como se proteger?
- Higiene: lavar as mãos frequentemente com água e sabão, evitar tocar o rosto e manter os ambientes limpos são medidas essenciais para prevenir a infecção.
- Controle da glicemia: manter os níveis de açúcar no sangue controlado é fundamental para fortalecer o sistema imunológico e acelerar a recuperação.
- Vacinação: pessoas com diabetes devem estar, se possível, em dia com a vacinação contra a Mpox, assim como outros imunizantes recomendados para sua faixa etária.
- Isolamento: em caso de suspeita ou confirmação da doença, o isolamento é fundamental para evitar a transmissão para outras pessoas.
- Acompanhamento médico: pessoas que tem diabetes com Mpox devem ter acompanhamento médico regular para monitorar a evolução da doença e ajustar o tratamento, se necessário.
A Mpox representa um risco adicional para pessoas com diabetes, que devem redobrar os cuidados para prevenir a infecção e minimizar as complicações. O controle da glicemia, a vacinação, a higiene e o acompanhamento médico são medidas essenciais para proteger a saúde.
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