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Mpox: creme antisséptico feito no Brasil pode proteger contra doença

Em testes realizados pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), o produto mostrou eficácia para inativar e matar o vírus MPXV e suas variantes

21 ago 2024 - 16h16
(atualizado em 23/8/2024 às 13h12)
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Creme antisséptico desenvolvido no Brasil é capaz de matar os vírus do mpox e suas variantes, mantendo a pele protegida por até 4 horas
Creme antisséptico desenvolvido no Brasil é capaz de matar os vírus do mpox e suas variantes, mantendo a pele protegida por até 4 horas
Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil

Um novo creme antisséptico desenvolvido no Brasil, chamado Phitta Cream, tem se mostrado altamente eficaz na proteção contra o vírus da mpox. Estudos conduzidos pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) indicam que o produto pode inativar o vírus MPXV, causador da doença, por até quatro horas.

Em testes laboratoriais, o Phitta Cream foi capaz de neutralizar o vírus em vários intervalos de tempo, desde minutos até quatro horas. "Nós testamos o creme na cepa que está causando o surto atual da doença e que levou a OMS [Organização Mundial da Saúde] a decretar emergência global em saúde", explicou o professor Edison Luiz Durigon, do ICB-USP, em comunicado à imprensa. Durigon teve um papel fundamental na isolação do vírus da mpox no Brasil.

O segredo da eficácia do Phitta Cream está em seu princípio ativo chamado Phtalox, que foi desenvolvido com tecnologia de ponta pelo Instituto de Química da USP. O ativo é um derivado do corante natural ftalocianina e funciona oxidando a cápsula do vírus, destruindo sua camada superficial e, por consequência, inativando-o.

O que é mpox?

A mpox é uma infecção causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus, que inclui também o vírus da varíola. A transmissão ocorre através do contato com pessoas infectadas ou superfícies contaminadas. Os principais sintomas incluem lesões na pele, febre, dores no corpo, calafrios e mal-estar geral.

O recente surto de mpox, que levou a OMS a declarar uma emergência de saúde pública global, afeta principalmente a África e alguns países fora do continente, como a Suécia. A variante responsável por esse surto, conhecida como clado 1B, é mais transmissível e letal. No Brasil, até o momento, os casos são causados pela variante clado 2, que é menos grave.

Como se proteger da doença?

O Ministério da Saúde recomenda evitar contato direto com pessoas infectadas ou suspeitas para prevenir a disseminação de doenças. Quando o contato for inevitável, como no caso de cuidadores e profissionais de saúde, o uso de luvas, máscaras, aventais e óculos de proteção é essencial para garantir a segurança.

Outras recomendações incluem lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizar álcool em gel. Roupas de cama, toalhas e objetos pessoais de pessoas infectadas devem ser lavados rigorosamente. Além disso, desinfetar superfícies e descartar corretamente resíduos contaminados são medidas essenciais para prevenir a transmissão do vírus.

Vacinação e prevenção da mpox

A vacinação contra a mpox é uma medida essencial para prevenir a doença, especialmente entre grupos mais vulneráveis. O Ministério da Saúde prioriza a imunização de pessoas vivendo com HIV/aids, como homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais com baixa contagem de linfócitos T CD4, além de profissionais de laboratório que manipulam o Orthopoxvírus em ambientes de biossegurança nível 2. Também são incluídos na prioridade aqueles que tiveram contato direto significativo com fluidos e secreções de indivíduos infectados.

Perfil Brasil
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