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MPox já tem vacina, como se proteger? O que você precisa saber sobre a doença

Um novo surto de Mpox tem assustado muitas pessoas, mas como é possível se proteger do vírus? Veja aqui

19 ago 2024 - 11h57
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Em reunião com o Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional na última quarta-feira, 14, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Mpox como emergência de saúde de interesse internacional.

Vacina contra mpox é oferecida a públicos específicos
Vacina contra mpox é oferecida a públicos específicos
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

O que é a Mpox?

A Mpox é uma doença causada pelo Mpox vírus (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com:

  • Pessoa infectada pelo Mpox vírus;
  • Materiais contaminados com o vírus.
  • Animais silvestres (roedores) infectados.

Existe vacina da Mpox disponível?

O Ministério da Saúde informou que negocia, junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a aquisição emergencial de 25 mil doses da vacina Jynneos para combater a doença.

De acordo com a pasta, a estratégia de vacinação prioriza a proteção das pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença. Essa definição foi feita em conjunto com representantes dos conselhos municipais e estaduais, diante da avaliação técnica e científica de especialistas.

Vacinação Pré-exposição

  • Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA): homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais com idade igual ou superior a 18 anos e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses;
  • Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 2 (NB-2), de 18 a 49 anos de idade.

Pós-exposição

  • Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS, mediante avaliação da vigilância local.

Para a vacinação pré-exposição, o Ministério da Saúde recomenda respeitar um intervalo de 30 dias entre qualquer vacina previamente administrada.

Em situação de pós-exposição, cujo principal objetivo é o bloqueio da transmissão, a recomendação é que a aplicação seja realizada independentemente da administração prévia de qualquer imunobiológico.

Como acontece o contágio da Mpox?

A principal forma de transmissão da mpox ocorre por meio do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias. Ocorre também:

  • Contato direto pessoa a pessoa com as erupções e lesões na pele;
  • Contato com fluidos corporais (tais como pus, sangue das lesões) de uma pessoa infectada;
  • Contato com úlceras, lesões ou feridas na boca;
  • Contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama;
  • Contato com objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.

Já a transmissão por meio de gotículas, normalmente, requer contato próximo prolongado entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos, pessoas com maior risco de infecção.

Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar.

A doença geralmente evolui para quadros leves e moderados e pode durar de 2 a 4 semanas, de acordo com o Ministério da Saúde.

Como se proteger da Mpox

A principal forma de proteção contra a Mpox é a prevenção. O Ministério da Saúde aconselha que se evite o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. E no caso da necessidade de contato (por exemplo: cuidadores, profissionais da saúde, familiares próximos e parceiros, etc.) utilizar luvas, máscaras, avental e óculos de proteção.

Pessoas com suspeita ou confirmação da doença devem cumprir isolamento imediato, não compartilhar objetos e material de uso pessoal, tais como toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente, talheres, até o término do período de transmissão.

A pasta também recomenda lavar regularmente as mãos com água e sabão ou utilizar álcool em gel, principalmente após o contato com a pessoa infectada, suas roupas, lençóis, toalhas e outros itens ou superfícies que possam ter entrado em contato com as erupções e lesões da pele ou secreções respiratórias (por exemplo, utensílios, pratos).

“Lave as roupas de cama, roupas, toalhas, lençóis, talheres e objetos pessoais da pessoa com água morna e detergente. Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descartar os resíduos contaminados (por exemplo, curativos) de forma adequada”, indica a Saúde.

Atualmente, o tratamento dos casos de mpox tem se sustentado em medidas de suporte clínico com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações, além de evitar sequelas. Até o momento, não se dispõe de medicamento aprovado especificamente para Mpox.

Mpox no Brasil, como está?

No Brasil, no entanto, não há motivo para pânico, segundo Clarissa Damaso, chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Vírus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A virologista é um dos 16 membros do comitê da OMS que avaliou a emergência do surto de mpox.

Por aqui, foram registrados 709 casos confirmados ou suspeitos de Mpox em 2024, segundo o Ministério da Saúde. O número é bem menor que o total de registros em 2022, ano em que houve um surto da doença no País, com mais de 10 mil casos notificados.

Ainda segundo a pasta, não há óbitos por Mpox no Brasil desde abril de 2023. Somando o total de mortes de 2022 até agora, 16 óbitos foram registrados.

Fonte: Redação Terra Você
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