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Mulher de 116 anos tem DNA estudado para que se entenda o segredo da longevidade

Pesquisadores colheram material genético da idosa, considerada a mulher mais velha do mundo, para tentarem descobrir como lidar com doenças

25 out 2023 - 16h41
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Maria Branyas, 116, sobreviveu à guerra, covid-19 e terremoto
Maria Branyas, 116, sobreviveu à guerra, covid-19 e terremoto
Foto: Reprodução/ The Mirror

Aos 116 anos, a mulher que detém o título de "mais velha do mundo" pode contribuir com descobertas sobre a imunidade. Isso porque um grupo de cientistas começou a colher amostras de seu DNA, o que pode indicar o segredo da longevidade e ajudar no desenvolvimento da cura de doenças.

"Esperamos que o estudo das células de Maria nos dê novas pistas sobre como lidar com doenças neurodegenerativas ou cardiovasculares associadas à idade e ao câncer", anunciou o médico Manel Esteller, diretor do Instituto de Pesquisa sobre Leucemia Josep Carreras e professor de genética da Universidade de Barcelona.

Ele se refere a Maria Branyas, nascida em São Francisco, nos Estados Unidos, mas criada na Catalunha, Espanha. Mesmo com mais de um século de vida ela tem poucos problemas de saúde, como a mobilidade e a audição um tanto comprometidas, e não apresenta qualquer doença cardiovascular nem relacionada à memória, comuns para pessoas idosas.

Toda essa saúde tornou Maria famosa — a mulher reúne milhares de seguidores no X (antigo Twitter). Em seu perfil na plataforma, a idosa lembra que superou a Covid-19, sobreviveu a Guerra Civil Espanhola e até a um terremoto nos Estados Unidos.

"Ela é incrível", resumiu Esteller. Segundo o portal britânico The Mirror, o médico colheu amostras do DNA de Maria através da saliva, urina e sangue. O desafio traçado por ele e outros pesquisadores é entender como a mulher vive há tantos anos. 

"Ela tem uma cabeça completamente lúcida. Ela se lembra claramente de episódios quando tinha apenas quatro anos", destaca.

A explicação científica ainda não foi encontrada, mas Maria já revelou alguns hábitos que adota:

  • cortar relações com pessoas tóxicas
  • evitar excessos
  • ingerir iogurtes naturais

"Ordem, tranquilidade, boas conexões com a família e amigos, contato com a natureza, estabilidade emocional, muita positividade e distância de pessoas tóxicas", declarou a idosa anteriormente, segundo a publicação.

Mas ela também reforça a aposta de que há um componente genético em sua própria longevidade, já que muitos de seus parentes passaram dos 90 anos. Isso deve ser elucidado no estudo de Esteller. Os pesquisadores vão analisar seis bilhões de segmentos do DNA de Maria, especialmente os 200 genes que se acredita estarem ligados ao envelhecimento.

Fonte: Redação Terra Você
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