Mulher engravida em 2 semanas após tomar remédio parecido com Ozempic
Outras mulheres dão o mesmo relato; para especialistas, faltam dados para comprovar a tese e não se deve usar o remédio com essa finalidade.
A colombiana Marcela Romero tentava engravidar havia três anos, mas não conseguia. A saída foi focar na ideia de fazer uma Fertilização In Vitro (FIV). Antes disso, porém, ela decidiu tentar emagrecer e tomou o remédio Mounjaro – uma caneta injetável, produzida pela farmacêutica Eli Lilly. O medicamento é semelhante a outros remédios que servem para tratar diabetes tipo 2, cujos efeitos colaterais são usados para emagrecer, como é o caso do Ozempic.
Duas semanas depois de usar o produto, Marcela estava grávida. Em setembro de 2023, ela virou mãe. “Ela está muito feliz, muito sorridente o tempo todo”, contou ao programa "Good Morning America", da rede televisiva ABC. Ela disse que parou de usar o remédio quando descobriu a gravidez, por receio dos impactos que o medicamento poderia ter na criança.
"Fiquei grávida com Ozempic"
Ainda não é possível saber se existe uma ligação direta entre a gravidez e o consumo do medicamento, mas há relatos de outras mulheres que também tiveram o mesmo "efeito colateral".
Existe uma comunidade no Facebook, por exemplo, chamada de "Fiquei grávida com Ozempic", que tem mais de 500 participantes. A descrição diz que é "um grupo para nós que ficamos grávidas durante, ou depois de certo período tomando Ozempic. Para ajuda e compartilhar experiências".
De acordo com uma reportagem do jornal britânico Daily Mail, especialistas afirmam que os efeitos colaterais do remédio poderiam estar relacionados a uma eventual gravidez, uma vez que os medicamentos imitam os hormônios da saciedade no cérebro, corrigindo desequilíbrios hormonais causados pela obesidade e distúrbios metabólicos. Por sua vez, isso poderia melhorar as chances de fertilidade.
Apesar dos relatos, especialistas reforçam que não há dados suficientes para comprovar a tese de que tomar esses remédios pode elevar as chances de gravidez. Além disso, não se sabe os impactos que os medicamentos podem ter em um feto.
Por isso, a recomendação clínica é não tomar esse tipo de medicamento, para tentar engravidar e sempre consultar um médico, antes de iniciar qualquer tipo de tratamento.