Mulher não consegue parar de emagrecer após bariátrica; entenda
Inglesa realizou a cirurgia bariátrica na Turquia após ter pedido negado pelo sistema de saúde britânico. Entenda o caso
A inglesa Tracey Hutchinson, de 52 anos, chamou a atenção da internet nos últimos dias ao compartilhar os efeitos da cirurgia bariátrica em seu corpo. Segundo o relato, ela não consegue parar de perder peso desde que realizou a cirurgia.
Antes do procedimento, Tracey pesava 101 kg, após a cirurgia ela chegou aos 66 kg, que seria o peso desejado. No entanto, a inglesa continuou emagrecendo e hoje está com 41 kg. Por isso, ela se autodescreve como uma pessoa com apenas "pele e ossos".
Tracey teve o pedido para a realização da bariátrica pelo sistema de saúde inglês negado, por isso recorreu à realização do procedimento na Turquia, onde a cirurgia é mais barata.
O que explica essa perda excessiva de peso?
De acordo com o cirurgião especializado em bariátrica, Dr. Fabio Rodrigues, diversos fatores podem ter influenciado os resultados exagerados do procedimento.
"O primeiro ponto que pode ter gerado esse problema é a técnica utilizada. Como não sabemos exatamente qual tipo de cirurgia foi realizada na Turquia, pode ter sido utilizado alguma técnica com abordagens metabólicas, que apesar de serem bastante seguras, podem em alguns casos causar quadros de desnutrição no paciente", explica.
O médico destaca que a realização do procedimento exige uma equipe multidisciplinar para analisar o caso do paciente como um todo, inclusive o fator psicológico que parece muito presente no caso. "Por que a primeira cirurgia foi negada? Quais critérios a paciente não atendia para isso? Tanto essas questões, quanto o abalo emocional da mudança de sede da cirurgia podem tê-la afetado", pontua.
Além disso, o especialista afirma que não é possível determinar previamente qual peso o paciente terá após o procedimento. "Isso é definido pela própria estrutura muscular do paciente, além de questões inerentes ao organismo de cada um. Cada caso é um caso. Algumas pessoas precisam refazer a cirurgia, já outras têm resultados maiores que os esperados. É preciso analisar os casos individualmente", conclui o médico.
