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Novo exame pode detectar demência 9 anos antes dela se manifestar

Teste dura 6 minutos e pode ajudar a interromper a neurodegeneração do distúrbio

13 jun 2024 - 13h10
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Resumo
Uma publicação na revista Nature Mental Health descreveu um novo teste para prever demência com mais de 80% de precisão em 6 minutos de ressonância magnética com base em mais de 1.100 britânicos.

Um estudo publicado na revista científica Nature Mental Health na última semana divulgou a informação de que um novo teste para detectar demência está em fase de testes. 

Novo estudo demência
Novo estudo demência
Foto: Getty Images

Segundo os pesquisadores do Centro de Neurologia Preventiva da Universidade de Queen Mary e da Universidade de Londres, apenas 6 minutos dentro de uma máquina de ressonância magnética cerebral seriam suficientes para prever o distúrbio 9 anos antes dos primeiros sintomas. 

Eles desenvolveram um teste preditivo que consegue prever o distúrbio com mais de 80% de precisão. Para alcançar este resultado, os pesquisadores analisaram exames de mais de 1,1 mil britânicos disponíveis no UK Biobank.

Mais de 100 pacientes eram de pacientes que já tinham demência ou que não tinham e os outros 1.030 eram de indivíduos saudáveis que foram usados como grupo controle. Os cientistas observaram as alterações na "rede de modo padrão do cérebro (DMN)", a primeira rede neural a ser afetada pelo Alzheimer.

Desse modo, eles chegaram a uma probabilidade de cada paciente desenvolver demência. Os resultados tiveram mais de 80% de taxa de acerto. “Prever quem vai ter demência no futuro será vital para o desenvolvimento de tratamentos que possam evitar a perda irreversível de células cerebrais que causa os sintomas da demência. Embora estejamos melhorando a detecção das proteínas no cérebro que podem causar a doença de Alzheimer, muitas pessoas vivem por décadas com essas proteínas no cérebro sem desenvolver sintomas de demência”, diz o neurologista Charles Marshall, professor da Universidade Queen Mary que liderou a pesquisa.

Ele continuou: “Esperamos que a medida da função cerebral que desenvolvemos nos permita ser muito mais precisos sobre se uma pessoa realmente desenvolverá demência e em quanto tempo, para que possamos identificar se ela pode se beneficiar de tratamentos futuros”.

Outro autor da pesquisa, Samuel Ereira, adicionou que "a ressonância é uma ferramenta de imagem médica não invasiva e leva cerca de seis minutos para coletar os dados necessários em um scanner de ressonância magnética, portanto, pode ser integrada aos caminhos de diagnóstico existentes, especialmente onde a ressonância magnética já é usada”.

Fonte: Redação Terra Você
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