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Novo tratamento reduz risco de recaída ao câncer de mama

Estudo concluiu que tratamento anterior à cirurgia reduz em 30% o risco de retorno da doença

1 jun 2015 - 10h53
(atualizado às 12h06)
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Um estudo clínico internacional constatou que a incorporação de um novo fármaco ao tratamento padrão contra o câncer de mama em fase inicial HER2 positivo antes de as pacientes passarem pela sala de cirurgia consegue reduzir em 30% o risco de recaída.

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O ensaio foi apresentado nesta segunda-feira no quarto dia do congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), realizado até amanhã em Chicago e que reúne 30 mil médicos, pesquisadores e representantes de laboratórios de todo o mundo.

Trata-se do anticorpo monoclonal pertuzumab, que já é utilizado para controlar este tipo de câncer (que representa entre 15% e 20% dos casos totais de tumores de mama) em fase avançada.

Tratamento pré-operatório ajuda até 30% das pacientes a não terem a volta da doença
Tratamento pré-operatório ajuda até 30% das pacientes a não terem a volta da doença
Foto: iStock

De acordo com os resultados do teste, em fase II, que conta com a participação de mais de 400 pacientes, o uso combinado deste anticorpo ao tratamento padrão consistente em quimioterapia e outra molécula, trastuzumab, antes da cirurgia e reduz grandemente as chances de recaída e de morte das pacientes.

Concretamente, o ensaio avaliou em três anos tanto a sobrevivência livre de progressão quanto a livre de doença e concluiu que aquelas que fizeram uso do tratamento combinado prévio com pertuzumab reduziram em 31% o risco de recair e de morrer, em comparação às que receberam apenas o tratamento convencional.

Segundo destacou a um grupo de jornalistas a médica Ana Lluch, chefe de Oncologia do Hospital Clínico de Valência, na Espanha, o estudo mostrou que as pacientes que não tiveram o tecido tumoral detectado na cirurgia foram, independentemente do tratamento recebido, as que mais possibilidades tinham de não recair em três anos. No entanto, este tratamento conseguiu o desaparecimento completo da doença em 40% das pacientes no momento da cirurgia, enquanto sem pertuzumab essa taxa caiu à metade.

"Isto é muito importante porque os tratamentos que fazemos antes da cirurgia em muito pouco tempo, máximo cinco ou seis meses, podem nos dizer o comportamento que essas pacientes terão ao longo de sua vida e dá aos oncologistas a base para dizer à paciente suas possibilidades ou não de cura", ressaltou.

Quanto à toxicidade deste tratamento de duplo bloqueio do tumor, Ana garantiu que não ter nenhuma acrescentada à já existente, também não cardíaca.

Os bons resultados iniciais do estudo divulgados há três anos permitiram que a Administração de Alimentos e Fármacos dos Estados Unidos (FDA) concedesse em 2013 a aprovação do pertuzumab como tratamento para combater o câncer de mama HER2 positivo em fase inicial e com alto risco de sofrer recaída. A aprovação final do fármaco dependerá do estudo que já está em andamento em fase III.

EFE   
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