Número de transplantes de coração cresce 8% em São Paulo
Levantamento considera período entre janeiro e agosto de 2023 em comparação com esses oito meses de 2022
O Dia Nacional da Doação de Órgãos, em 27 de setembro, foi lembrado com uma boa notícia: o número de transplantes de coração realizados em São Paulo cresceu 8% em 2023. O aumento se refere aos meses de janeiro a agosto deste ano, comparados com o mesmo período do ano passado.
Ao todo, foram 97 procedimentos feitos este ano contra 90 em 2022. Esse alcance é o maior dos últimos seis anos, sendo equivalente aos níveis pré-pandemia.
Como lembra a Secretaria de Saúde do Estado (SES), o tempo de espera por um transplante varia de acordo com a disponibilidade do órgão que será transplantado. No caso do coração, um órgão é disponibilizado para potenciais receptores do grupo sanguíneo B entre um e três meses após a entrada na lista.
O apresentador Fausto Silva, que é desse grupo, foi transplantado em agosto, 20 dias após entrar na fila. Ele preenchia os critérios de prioridade, além da compatibilidade necessária em relação a peso e altura, por exemplo.
“No caso do coração, uma pessoa que tem dificuldade de andar, fica cansada, precisa tomar medicamento na veia 24 horas por dia, necessitando estar internada para a administração deste medicamento, para ajudar o coração a bater mais forte, isso é um critério de priorização – essa pessoa é mais grave do que aquela que também está esperando em casa”, explica Francisco Monteiro, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo.
Aumento geral
Segundo a SES, nos oito primeiros meses de 2023, foram realizados 5.875 transplantes de órgãos e tecidos em São Paulo. Trata-se de um crescimento de 9,5% em relação aos 5.360 realizados no ano passado. No topo da lista estão os transplantes de córnea — 3.956 no total —, seguidos dos 1.281 transplantes de fígado.