Confira 15 alimentos que são 'falsos' amigos da dieta
Aumentar a sensação de saciedade com item poucos calóricos - esse é o sonho de muita gente, especialmente dos que vivem em pé de guerra com a balança. Comer bem, sentir-se satisfeito e não ter que encarar os temidos quilinhos a mais é um ideal que atinge milhares de brasileiros, e, nesta luta diária, não há granola que escape na hora que bate a fome.
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Mas a regra é simples e até bastante conhecida. Qualquer coisa em excesso pode fazer mal, mesmo o mais light dos alimentos. Isso porque o corpo exige variedade de nutrientes para manter ativas todas as funções orgânicas. “As pessoas sempre chegam procurando uma fórmula mágica”, observa o nutrólogo Celso Cukier, do Hospital e Maternidade São Luiz.
Ele explica que o corpo humano tem a capacidade de digerir e absorver grande parte dos alimentos não industrializados, como cereais, sementes, frutas e verduras. Mas a alimentação não pode ser monótona, pois isso pode trazer consequências negativas. Sendo assim, apostar em alguns alimentos milagrosos com a esperança de emagrecer pode não surtir o efeito desejado. “Fuja dos modismos. Você pode complementar sua dieta com o que está na moda, mas não transformá-la nisso. O ideal é introduzir os itens de forma saborosa e saudável”, completa. Veja a seguir alguns dos alimentos que mais se passam por “inofensivos” do ponto de vista calórico, mas que, se consumidos em excesso, podem trazer problemas. Veja que até os alimentos naturais devem ser consumidos com moderação.
Granola
De acordo com a nutricionista Vivian Zollar, da Qualy Food, algumas granolas levam óleo ou outras gorduras no seu preparo, tornando o produto mais calórico. “Pode ser um complemento para consumir uma fruta ou iogurte, por exemplo, e uma porção diária pode variar de uma a três colheres de sopa, dependendo das necessidades calóricas individuais”, ressalta.
Chia
Celso explica que, por sua capacidade de hidratação, a chia ajuda a construir a sensação de saciedade. “Uma pequena quantidade, de uma a duas colheres de sopa por dia, traz benefícios porque é rica em fibras. Mas o exagero pode contribuir para a formação de gases”, afirma.
Queijo minas
Embora seja menos calórico que alguns queijos ricos em gordura como o prato, mussarela e provolone, conforme indica Vivian, o queijo minas também contém gorduras. “Deve ser consumido com moderação. Uma fatia média ao dia pode ser o ideal para se alcançar inclusive o consumo de fontes de cálcio, como o leite e o iogurte, por exemplo”, pontua.
Bolacha de água e sal ou torrada
A culpa que a maioria das pessoas sente ao comer um pãozinho não é a mesma com a que se come bolachas de água e sal ou torradas. Mas a nutricionista Vivian avisa que, na pirâmide alimentar, elas estão no mesmo nível de outras fontes de carboidratos. “Muitas pessoas acham que a torrada é mais “light” pelo fato de ser mais seca e leve, porém isso é um conceito equivocado, pois ela perde água quando é torrada, mas mantém os demais nutrientes. Uma porção de pão, ou seja, 50g de pão francês ou duas fatias de pão de forma branco, equivalem a cerca de 3 torradas e 6 bolachas de água e sal”.
Molho light para salada
Quem não gosta de salada acaba usando este recurso para conseguir incluir um pouco de verde na dieta. No entanto, vale lembrar que apesar de ter menos gordura do que a versão normal, são ricos em sódio. Vivian recomenda o consumo eventual e, no máximo, uma colher de sopa.
Mel
O mel é uma alternativa natural ao açúcar, mas, segundo explica o nutrólogo Celso, engorda da mesma forma. “A única vantagem é que ele não é um produto industrializado. O ideal é não ultrapassar as duas colheres de sopa por dia”, indica.
Sopa de saquinho
Apesar de se mostrarem um ótima alternativa para quem está sem tempo e quer ingerir algo leve, essa é outra armadilha da qual os especialistas recomendam fugir. “Em geral são ricas em sódio e recomenda-se consumo eventual”, afirma Vivian.
Suco industrializado
A regra do cuidado com o sódio em excesso também se aplica aos sucos industrializados. “Não deixam de ser uma boa opção quando não há tempo para preparar um natural. Mas você vai perder uma série de fibras, vitaminas e substâncias antioxidantes da fruta. O recomendado é não ultrapassar os dois copos por dia”, afirma Celso.
Iogurte, manteiga, requeijão ou creme de leite light
Ler e entender o rótulo dos alimentos é uma indicação importante, especialmente nestes casos. “A legislação classifica ‘light’ qualquer alimento cujo similar tenha 20% a menos de alguma substancia, que pode ser em açúcar, sal, gordura, ou qualquer outra coisa”, explica Celso. Por isso, para quem quer emagrecer, o ideal é que o alimento tenha o teor de gordura reduzido.
Vivian reforça que é preciso atentar também à quantidade. “Se pelo fato de ser light o consumo for aumentado, de nada vale a opção.” Com relação ao requeijão e creme de leite, especificamente, ela explica que segundo a pirâmide alimentar a recomendação é de uma porção diária, ou seja, uma colher de sopa ao dia.
Aveia
Apesar de ser auxiliar na redução e controle do colesterol, a recomendação é de duas colheres de sopa diárias, explica Vivian. “O exagero também deve ser evitado também contém calorias que em excesso terão efeito indesejado na balança”.
Chás
O uso de chá verde e branco para quebrar as células de gordura foi uma verdadeira febre, mas o nutrólogo Celso explica que o excesso não só pode não surtir o efeito milagroso da perda de peso como também trazer problemas. “Os chás têm substancias químicas ativas. Já ocorreram casos de exageros ligados a sintomas como hiperidratação e diarreia.” A recomendação diária é de, no máximo, duas xícaras.
Carnes
O peito de frango acaba se tornando a opção de muitas pessoas que querem emagrecer e, de fato, têm menos gordura do que outras partes como a coxa e a sobrecoxa, segundo indica Vivian. No entanto, ela ressalta que a recomendação diária é de uma porção ao dia (um filé de peito de 100 à 140 g) alternado com outras fontes de proteína na dieta.
No caso das carnes vermelhas, os cuidados devem ser redobrados pelo fato de possuírem alto teor de gordura. Celso afirma que, mesmo tirando a gordura externa, ela se mantem feixes de entre a musculatura.
Isso não quer dizer que a carne vermelha deve ser abolida da alimentação, mas sim, diversificada com outras fontes de proteína. “O peixe tem uma gordura saudável e a carne suína também é uma alternativa, pois tem um percentual de gordura proporcionalmente até mais baixo do que algumas carnes vermelha”, acrescenta.
Amêndoas ou nozes
Estes são alimentos que frequentemente se tornam opções na hora da fome. O problema é saber a hora de parar de comer. Por isso, Vivian indica cautela. “São alimentos com boas gorduras e também contém minerais antioxidantes importantes, porém são calóricos, então o ideal é não exceder 30 gramas diárias, que equivalem a duas a três nozes, por exemplo”.
Barrinhas de cereais
As barrinhas também servem para matar a fome quando não há tempo para fazer uma refeição mais completa. Mas é preciso ficar de olho no rótulo e também evitar as opções mais calóricas. “A principal vantagem da barra é o teor de fibras, porém, algumas além de quase não conter fibras tem ingredientes calóricos como o chocolate por exemplo”, observa Vivian.
Adoçante
O adoçante parece quase inofensivo perto do açúcar, mas, segundo Vivian, não deve ser consumido em excesso, especialmente os que contém base em sacarina, que são ricos em sódio. “Já aqueles que têm base na sucralose ou stevia são mais indicados, mas também com moderação, somente o necessário para adoçar bebidas.”