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Lei Seca, ressaca e bombom de licor; tire dúvidas sobre o álcool

Beber um drinque ainda rende muitas dúvidas, ainda mais depois que o Conselho Nacional de Trânsito tornou a Lei Seca mais rígida

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Fazer gargarejo com enxaguante bucal acusa no bafômetro? É verdade que existem alimentos capazes de “curar” a ressaca? Qual é a quantidade máxima de álcool que pode ser ingerida diariamente? Sair para tomar um drinque ou uma noite para afogar as mágoas ainda rendem muitas dúvidas, ainda mais depois que o Conselho Nacional de Trânsito publicou a nova resolução que torna a Lei Seca mais rígida para os motoristas.

De acordo com as novas regras, o limite para que o condutor não seja multado passa de 0,1 miligramas de álcool para 0,05. Além disso, antes os exames de sangue poderiam acusar até 2 decigramas de álcool, mas agora nenhuma quantidade será tolerada. Para os infratores, a multa considerada gravíssima custa R$ 1.915,40.

Antes de pular Carnaval e cair na folia, vale a pena saber os limites da nova lei e, claro, também do próprio corpo. Por isso, o Terra conversou com da hepatologista Débora Dourado, do Hospital e Maternidade São Luiz, e com a nutricionista Tereza Cibella, da Consultoria Equilibrium, para tirar as principais dúvidas sobre o consumo de bebidas alcoólicas. Confira a seguir.

Qual é a quantidade máxima de álcool que se pode ingerir diariamente? 

A quantidade varia dependendo do sexo. De acordo com Débora, as mulheres podem consumir 40 g de álcool por dia, enquanto para os homens esse número sobe para 80 g. “Uma lata de cerveja tem 4% de teor alcoólico, enquanto um uísque tem de 40 a 50% - 100 ml de uísque equivalem a 40 g de álcool. Sendo assim, a mulher e o homem podem, respectivamente, tomar cinco e oito doses de uísque por semana sem que isso interfira significantemente na sua saúde”, explica a hepatologista. Vale lembrar que essa quantidade deve ser dividida durante os sete dias, e não consumida de uma vez só.

O único órgão afetado pela bebida é o fígado?

Diferentemente do muitas pessoas pensam, o fígado não é o único afetado pela bebida alcoólica. “Muito antes de atingir o fígado, o álcool age no sistema nervoso central e no cérebro, provocando alteração na consciência, euforia inicial e depressão. Em longo prazo, afeta também os nervos periféricos, causando neuropatias”, detalha Débora.

Por que é melhor beber de estômago cheio?

Quem já bebeu depois de algumas horas sem comer sabe que a experiência pode trazer consequências desagradáveis. De acordo com Tereza, isso acontece porque beber com o estômago vazio acelera e intensifica a absorção do álcool. “A ingestão de bebidas alcoólicas juntamente com alimento diminui essa absorção pelo organismo. É sempre recomendado consumir algo antes, durante e depois de consumir álcool. Evite alimentos com gordura e excesso de sal”, aconselha a nutricionista. 

É verdade que os fermentados são menos agressivos ao organismo que os destilados? 

Sim. Isso acontece porque os fermentados tem uma concentração menor de álcool. “As bebidas fermentadas, como a cerveja e o vinho, têm no máximo 18% de álcool, enquanto as destiladas podem atingir até 70%”, explica Tereza.

A mistura entre fermentados e destilados deixa bêbado mais rápido?

Pode parecer que sim, mas a mistura de bebidas não influencia na velocidade da embriaguez. “Não é a mistura que deixa a pessoa bêbada, mas sim a quantidade de álcool ingerida. Quem toma duas cervejas e depois consome uma dose de uísque ficará bêbado mais rápido do que quem só bebe cerveja, devido à unidade consumida”, justifica a hepatologista do Hospital São Luiz.

Alguns alimentos, como o bombom de licor, podem alterar o resultado do bafômetro. A quantidade de álcool presente no doce é suficiente para causar alterações na corrente sanguínea?

Não. Para quem fica receoso em ter problemas com a Lei Seca após comer um bombom de licor, saiba que o doce deixa de ser acusado no bafômetro entre 10 e 20 minutos após consumido. Além disso, a quantidade de álcool também não causa alterações no organismo, já que, de acordo com Débora, é rapidamente absorvida e não afeta o funcionamento das células nervosas.

Mesmo sem ser ingeridos, enxaguantes bucais também podem causar alteração no bafômetro. Por que isso acontece?

De fato, os enxaguantes bucais podem causar alterações no bafômetro, mas isso só pode ser constatado pouco tempo após o uso, assim como o bombom de licor. “Isso acontece pois o álcool presente no enxaguante bucal é umas das formas de eliminar as bactérias presentes na via oral, ficando presente tempo suficiente para ter ação eficiente e evaporando depois de alguns minutos”, disse Tereza. 

Por que algumas pessoas têm amnésia alcoólica?

O álcool não causa o mesmo efeito em todos os seus consumidores. “O organismo de alguns indivíduos é mais suscetível aos efeitos das substâncias tóxicas do álcool no cérebro. Todos os efeitos causados pelo álcool variam de pessoa para pessoa. Uns ficam mais extrovertidos, outros ficam mais agressivos, outros choram”, explica Débora.

Existem alimentos que ajudam a curar a ressaca? 

De acordo com as especialistas, o mais indicado parar “curar” ressaca é manter-se hidratado. “O ideal é consumir bastante água, água de coco e sucos naturais que ajudam a limpar o organismo. Os alimentos devem ser leves e de fácil absorção, como frutas e cereais integrais. Verduras e legumes também são ótimas opções, como pepino, cenoura, alcachofra, couve-flor, espinafre, couve e acelga”, recomenda a nutricionista.

Fonte: Terra
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