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O que é a "síndrome do pôr do sol", que afeta idosos ao final do dia?

Condição é mais frequente em pessoas com demência

10 abr 2024 - 13h57
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Resumo
A síndrome do pôr do sol é uma condição que afeta principalmente pacientes idosos com demência, e os seus sintomas mais comuns são ansiedade, irritabilidade e confusão mental. Fatores que contribuem para o quadro incluem mudanças no ritmo circadiano e ambientes agitados no final da tarde.

A síndrome do pôr do sol é uma condição que pode levar pacientes, geralmente idosos, a terem um estado de confusão mental. O fenômeno acontece ao entardecer e no início da noite. A condição atinge principalmente pacientes com demência, como a doença de Alzheimer. 

O que é a "síndrome do pôr do sol", que afeta idosos ao final do dia?
O que é a "síndrome do pôr do sol", que afeta idosos ao final do dia?
Foto: RealPeopleGroup

Os sintomas da síndrome variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns são ansiedade, irritabilidade, dificuldade para dormir, comportamentos inadequados, tontura e as confusões mentais. 

Fatores que podem levar ao quadro de confusão

As causas exatas do fenômeno não são completamente conhecidas, mas existem fatores que podem contribuir para que haja uma alteração no comportamento dos pacientes, como mudanças no ritmo circadiano, que regula as atividades do corpo em um período de 24 horas. As alterações no relógio biológico podem levar a dificuldades para diferenciar noite do dia. Cansaço e agitação na vida dos pacientes também podem elevar a sensação de confusão. 

"Além disso, mudanças na luz, ambientes agitados no final da tarde, a chegada de visitantes ou simplesmente um aumento na atividade geral durante o dia podem causar estresse e ansiedade", explica a médica geriatra Simone de Paula Pessoa Lima. A especialista cita ainda outros fatores que podem contribuir com o fenômeno, como sensação de fome ou dor, quadros infecciosos, depressão e uso de certos medicamentos. 

Dicas para ajudar pacientes com a síndrome do pôr do sol

Quanto mais regrada for a rotina do paciente, com horas estipuladas para comer e dormir, menor a chance de ele desenvolver sintomas da síndrome do pôr do sol. A médica diz que manter o local frequentado pelo paciente sempre iluminado ajuda a evitar crises de ansiedade. 

Ela sugere ainda "criar um ambiente calmo e tranquilo à medida que a noite se aproxima, evitando barulhos altos, luzes brilhantes ou distrações excessivas que podem aumentar a confusão". Realizar passeios tranquilos ao longo do dia e incentivar o paciente a praticar atividades que ele considera satisfatórias também ajuda a reduzir a inquietação durante o período da noite. Ao longo do dia, também é importante evitar cochilos longos e manter uma alimentação saudável, sem cafeína ou açúcar perto da hora de dormir. 

Acima de tudo, manter uma abordagem simples e direta, mas sempre carinhosa, ajuda a fazer com que o paciente se sinta seguro. Além disso, garantir estrutura para quem cuida do paciente é essencial. "O suporte ao cuidador também é importante, seja familiar, entre amigos ou em grupos de apoio. Ajuda a reduzir o estresse do cuidador e promove um ambiente para que ele possa compartilhar experiências e estratégias com outras pessoas que estejam passando pela mesma situação", diz a médica.

Fonte: Redação Terra Você
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