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O que é câncer linfático, doença que acomete Eduardo Suplicy? Veja sintomas e formas de tratar

Esse tipo de câncer ataca o sistema imunológico e tem se tornado cada vez mais comum no Brasil

28 out 2024 - 18h12
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O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP), de 83 anos, revelou nesta segunda-feira, 28, que está em tratamento contra um linfoma não Hodgkin, diagnosticado em julho deste ano. Esse tipo de doença afeta os vasos e gânglios do sistema linfático, que é responsável pela defesa do corpo humano, ou seja, o sistema imunológico.

Eduardo Suplicy recebeu o diagnóstico de linfoma não Hodgkin.
Eduardo Suplicy recebeu o diagnóstico de linfoma não Hodgkin.
Foto: JUAN GUERRA - ESTADÃO / Estadão

O político contou que está realizando imunoquimioterapia, que combina medicamentos tradicionais com drogas que estimulam o sistema imunológico. Por conta do sistema imunológico fragilizado, ele fechou a agenda pública durante o tratamento.

"Felizmente meus exames já apresentam bons resultados.(...) Agradeço o apoio, às orações e as energias positivas para que eu possa me recuperar o mais breve possível", publicou, no Instagram.

Diferenças entre linfoma de Hodgkin e não Hodgkin

Os linfomas são classificados em subgrupos: os Hodgkin e não Hodgkin. Conforme Philip Bachour, hematologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, embora os nomes sejam parecidos, falamos de quadros distintos. "É como comparar uma bicicleta com um caminhão. São meios de transporte, mas completamente diferentes", explica.

Uma dessas particularidades tem a ver com a idade dos pacientes. "O linfoma de Hodgkin, de maneira mais geral, acomete pessoas entre 20 e 40, enquanto o não Hodgkin acontece frequentemente em indivíduos de mais idade, a partir de 60 e 70 anos", explica.

Incidência

Entre os linfomas do tipo não Hodgkin, há cerca de 60 subtipos. Alguns até podem acometer crianças, mas se tornam mais frequentes à medida que as pessoas envelhecem.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima cerca de 12 mil novos casos por ano, sendo que a doença afeta mais homens do que mulheres. A cada ano, o órgão estima que ocorram 4,4 mil óbitos devido a essa neoplasia.

Esse tipo de câncer não é considerado tão comum, porém, o crescimento na incidência tem chamado a atenção: o Inca aponta que os diagnósticos duplicaram nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos. As razões para esse aumento ainda são desconhecidas.

Prevenção

O especialista ensina que a neoplasia de Suplicy é idiopática, ou seja, não tem causas totalmente conhecidas. Por isso, não existem formas de prevenção específicas para o linfoma não Hodgkin, além das recomendações gerais de estilo de vida saudável (incentivadas para reduzir o risco de outros tipos de câncer), como manter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios regularmente.

O Inca indica evitar exposições a materiais químicos, como agrotóxicos, benzeno, solventes orgânicos, radiação ionizante e ultravioleta.

Sintomas

Suplicy ressaltou que descobriu a doença na fase inicial, o que aumenta a chance de cura. Entre os sintomas iniciais mais comuns estão o inchaço dos gânglios, espécie de nódulo do sistema de defesa, responsável por "filtrar" substâncias que podem fazer mal ao organismo.

"Temos gânglios por todo o corpo. Em geral, os lugares mais fáceis de perceber esses nódulos são virilha, pescoço e axila", descreve o médico.

Também podem ocorrer, especialmente em estágios mais avançados, febre intensa (principalmente à tarde), suor excessivo (comum no período da noite), cansaço e perda de peso sem motivo aparente. Um sintoma menos comum é a anemia.

Tratamento

Segundo Bachour, a retirada do gânglio inchado por meio de cirurgia não costuma representar a cura, pois é praticamente impossível que o câncer esteja apenas ali. Ainda assim, o primeiro passo costuma ser essa extração para, com uma biópsia, confirmar o diagnóstico e classificar o linfoma.

Eles são divididos em indolente, com crescimento relativamente lento; ou agressivo, de alto grau e desenvolvimento rápido. "Há linfomas indolentes que nem tratamos em um primeiro momento. Esperamos os sintomas surgirem, porque são bastante lentos, e tratar antecipadamente não fará diferença", detalha o médico.

Entre os tipos agressivos, o mais comum é o linfoma difuso de grandes células. "Apesar de ter um aspecto mais agressivo e precisar ser tratado de forma rápida, a chance média de cura é maior que 60%, a depender do caso", comenta.

O tratamento, nos dois casos, costuma ser feito com quimioterapia ou radioterapia associados a outros remédios.

Risco de outras doenças

Por se tratar de uma doença que afeta o sistema imunológico, é altamente aconselhado a pacientes com linfomas que evitem contato com outras pessoas. Afinal, uma gripe relativamente comum pode se tornar uma verdadeira batalha para alguém já debilitado. Caso o paciente enfrente outras condições de saúde, pode ser necessário interromper o tratamento para o linfoma até sua plena recuperação.

Estadão
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