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O que precisa fazer para ter um implante como o da Jade Picon?

Entenda como funcionam e quando são recomendados os procedimentos capazes de aumentar, reduzir e corrigir a flacidez dos seios

16 ago 2023 - 06h15
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Jade Picon
Jade Picon
Foto: Reprodução

A atriz e influenciadora Jade Picon revelou que vai se afastar das redes sociais para fazer um procedimento de implante de silicone. "Eu sequei e acabei perdendo o volume de peito que eu tinha. Visitei muitos profissionais, esperei o momento certo e decidi colocar prótese de silicone, algo bem natural, para eu recuperar o que eu tinha antes, que era o que eu gostava", compartilhou a influencer. 

Segundo a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Isaps (International Society of Aesthetic Plastic Surgery, a mamoplastia é toda e qualquer cirurgia plástica que modifica o formato e aparência dos seios, tornando-os maiores, menores ou mais levantados. No caso da Jade, é uma mamoplastia de aumento. 

“No período pós-operatório de qualquer mamoplastia, que dura em média um mês, é fundamental que a paciente sempre durma de barriga para cima, utilize um sutiã especial de sustentação para suportar os seios e evite realizar exercícios físicos, esforço ou muitos movimentos com os braços”, explica a médica.

Um procedimento que ficou muito popular

A popularidade deste tipo de procedimento é tanta que, segundo levantamento divulgado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), as cirurgias de mama, junto a lipoaspiração e a abdominoplastia, figuram entre os principais procedimentos estéticos realizados nos consultórios de cirurgia plástica. 

Porém, as diversas nomenclaturas existentes para estes procedimentos que alteram a aparência dos seios podem causar confusão na hora de falar para seu cirurgião plástico o que você quer fazer. Para ajudar nestes casos, a cirurgiã explicou quais os tipos de cirurgia plástica existentes e quando são recomendados. 

Mamoplastia de aumento

Indicada para mulheres que possuem seios pequenos ou que sofreram com a diminuição das mamas devido a fatores como gravidez, envelhecimento, amamentação, mastectomia ou emagrecimento, esta técnica consiste no implante de uma prótese de silicone, por cima ou por baixo do músculo peitoral, para conferir volume às mamas, sendo colocada através de uma incisão que pode ser feita nas axilas, ao redor da aréola ou embaixo dos seios. 

A colocação da prótese pode ser associada à retirada de pele e remodelagem da glândula em caso de flacidez, que chamamos de mastopexia. 

“O tamanho da prótese varia de acordo com o caso e deve ser escolhido em uma conversa entre o cirurgião e a paciente, levando em consideração fatores como o corpo, o tamanho do tórax, estatura. Existem diversos formatos de prótese que deve ser escolhido de acordo com proporcionalidade e desejo da paciente", diz a médica.

Mamoplastia redutora

Ideal para mulheres que possuem seios volumosos, desproporcionais e que causam dor nas costas devido ao tamanho e para homens que sofrem de ginecomastia, ou seja, o crescimento excessivo das mamas, a mamoplastia redutora visa remover o excesso de glândulas mamárias, gordura e pele da região para que as mamas fiquem proporcionais ao restante do corpo. 

“As incisões para o procedimento podem ser feitas em volta da aréola dos seios, ou em formato de T invertido, iniciando-se ao redor da aréola e continuando por uma linha vertical até a base do seio e outra horizontal no sulco mamário. Já o tamanho, o formato e a visibilidade das cicatrizes após o procedimento vão variar de acordo com o caso e o tamanho da mama”, afirma a especialista.

Mastopexia

“Também conhecida por lifting de mama, a mastopexia é o procedimento utilizado para corrigir a flacidez das mamas, que surge naturalmente com o processo de envelhecimento, após amamentação ou perda de peso. É realizada através da remoção do excesso de pele da região, além do reposicionamento da aréola e do implante mamário, com as incisões e cicatrizes da mesma forma que da mamoplastia redutora. Esta técnica também pode ser combinada ao implante de silicone para dar volume aos seios, sendo denominada de mastopexia com inclusão de prótese mamária”, afirma Beatriz Lassance.

Os resultados são mais visíveis

De acordo com a cirurgiã plástica, nos três casos os resultados são visíveis logo após o procedimento e os cuidados pré e pós-operatório são os mesmos, sendo que antes da cirurgia é importante que você realize todos os exames laboratoriais solicitados pelo médico, pare o uso de cigarro e o consumo de bebidas alcoólicas na semana anterior à cirurgia e realize jejum de sólidos e líquidos nas oito horas que precedem a mamoplastia. 

“É importante ressaltar ainda que qualquer um dos procedimentos citados acima deve ser realizado apenas após os 18 anos, quando o desenvolvimento das mamas já está completo, e que antes de realizá-los você deve conversar com o seu cirurgião plástico. Apenas ele poderá fazer uma avaliação completa de seus seios e corpo e indicar o melhor procedimento para cada caso”, diz a cirurgiã.

Por que as celebridades estão tirando a prótese?

Muitas celebridades estão tirando as próteses com receio de linfoma, síndrome ASIA, além da contratura capsular. Afinal, é necessário trocar? Esses problemas com as próteses de silicone são comuns? A BAPS (Brazilian Association of Plastic Surgeons) esclarece que os casos são raros e não há motivo para pânico. 

“Esse assunto ficou muito em evidência na mídia nos últimos anos. Recalls de fabricantes por conta do risco de contratura capsular e casos de linfoma – um tipo raro de câncer – associados às próteses deixaram muitas pessoas preocupadas. Além disso, outra preocupação foi com relação à síndrome ASIA, quando o silicone pode desencadear uma reação imunológica que faz com que o organismo ataque a si mesmo. Mas não há motivo para alarme, preocupação e corrida para os consultórios para retirar as próteses. São casos muito raros”, explica o cirurgião plástico Dr. Daniel Lobo Botelho, presidente da BAPS (Brazilian Association of Plastic Surgeons).

Segundo a BAPS, estatísticas mostram que, com o passar do tempo, mesmo aumentando as chances de problemas com as próteses, como contratura capsular (endurecimento de uma cápsula que o organismo forma ao redor das próteses, deixando-as duras e às vezes dolorosas) ou mesmo a sua ruptura, o mais provável é que nada ocorra. Já no caso dos tumores, dados do banco nacional de câncer dos Estados Unidos, de 2008 a 2018, mostram que o linfoma anaplásico de grandes células (ALCL) relacionado ao implante mamário ocorreu a uma taxa de 8,1 por 100 milhões de pessoas por ano. 

“Esse caso desse tipo raro de linfoma, os índices de cura são bastante altos”, diz o médico. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, os índices de cura ultrapassam 90% dos casos, e a maioria das pacientes é tratada apenas com a remoção da prótese e da cápsula, sem a necessidade de quimioterapia ou radioterapia.

A BAPS lembra que a cirurgia de mamas deve ser feita por cirurgião plástico. “O cirurgião plástico pode avaliar cada caso e junto ao paciente decidir qual a melhor solução. O cirurgião plástico deve fazer uma avaliação correta e detalhada da saúde do paciente antes da cirurgia, esclarecer detalhadamente todo o procedimento que será realizado e fazer um acompanhamento rigoroso no pós-operatório para minimizar qualquer risco e decepção do paciente”, finaliza o presidente da associação.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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