Obesidade pode diminuir produção de testosterona, alerta endocrinologista
Acúmulo de gordura costuma interferir diretamente na qualidade de vida
Rotina profissional agitada, compromissos particulares em excesso. Aquela comidinha rápida no meio do dia e aquele "snack" a qualquer hora figuram entre as principais consequências para engordar. Porém, há outro hormônio que estimula, ou seja, testosterona influencia no ganho de peso e obesidade.
Revelações
"Além de representar desafios sociais e ambientais significativos, a obesidade está associada a uma infinidade de resultados adversos à saúde. Incluindo doenças cardiovasculares, apneia do sono, osteoartrite, aumento do risco de certos tipos de câncer. E, nos homens, níveis reduzidos de testosterona", afirma o Dr. Ronan Araujo.
Ronan Araujo é nutrólogo, endocrinologista e mostra que a gordura visceral se associa com a produção de testosterona e vitalidade. Então, as pessoas que acumulam maior quantidade de gordura visceral estão sujeitas a terem desequilíbrios hormonais e até níveis reduzidos de qualidade de vida.
Dá para perceber que muito obesos apresentam sintomas da deficiência de testosterona. Exemplos: menor resistência física, massa muscular diminuída, desinteresse sexual, ginecomastia (aumento mamário nos homens), redução de pelos e má qualidade do sono. Outro detalhe é que a idade independe em algumas ocasiões.
Acréscimos da interferência da obesidade na testosterona
Esse profissional complementa que o excesso de gordura corporal aumenta os níveis de colesterol LDL ("ruim") e triglicerídeos ao mesmo tempo em que diminuem os níveis de colesterol HDL ("bom"). Os seus acréscimos são de que a obesidade prejudica a capacidade de resposta do corpo à insulina, "turbina" os níveis de açúcar no sangue e insulina.
Além disso, outros danos da obesidade são os riscos de ataques cardíacos, derrames, diabetes, cálculos biliares, hipertensões, câncer, osteoartrite, apneia obstrutiva do sono, depressão e fígado gorduroso.
Preocupação nacional
A pesquisa "Vigitel 2021" é de autoria do Ministério da Saúde, foi divulgada no primeiro semestre de 2022 e mostrou que quase seis em cada dez brasileiros (57,25%) lidavam com sobrepeso em 2021. Essa porcentagem denotou oscilação negativa pequena em relação ao ano anterior, que ficou em 57,5%. Até o ano de 2019, a taxa era menor de 55,4%.