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OMS defende desenvolvimento 'seguro' de uma vacina contra a covid-19

Entidade reforçou protocolos frente à anúncio da Rússia de que pode entregar 'milhões' de doses no começo do ano que vem

4 ago 2020 - 12h12
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta terça-feira, 4, respeito aos protocolos e regulamentações em vigor para o desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus, após a Rússia prometer milhões de doses a partir do início de 2021.

"Toda vacina e todo medicamento para este fim deve ser submetido a todos os testes antes de ser aprovado para distribuição", respondeu o porta-voz da OMS Christian Lindmeier quando perguntado sobre os anúncios russos em uma coletiva de imprensa. "Existem diretrizes muito claras, regulamentações para fazer os processos avançarem de maneira segura e eficaz", acrescentou.

"Por vezes, os pesquisadores, individualmente, afirmam ter encontrado algo que obviamente é uma boa notícia. Mas entre encontrar e poder ter uma vacina que funcione e passar por todas as etapas, há uma grande diferença", afirmou, lembrando que a OMS ainda não tem "nada oficial" até o momento.

A Rússia anunciou na segunda-feira, 3, que três empresas biomédicas estariam em condições de produzir industrialmente, a partir de setembro, uma vacina desenvolvida pelo laboratório de pesquisa em epidemiologia e microbiologia Nikolái Gamaleia.

"De acordo com as primeiras estimativas, poderemos proporcionar centenas de milhares de doses de vacina por mês e, em seguida, vários milhões no início do próximo ano", disse o ministro de Comércio da Rússia, Denis Manturov, à agência de notícias estatal TASS.

De acordo com a OMS, há 164 vacinas em desenvolvimento no momento. Destas, 25 estão em fase clínica - em testes em seres humanos - e 139 em pré-clínica.

Na segunda-feira, 3, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que talvez nunca exista uma imunização contra o coronavírus. Ele reforçou a necessidade dos países usarem o conjunto de ferramentas que já tem eficácia comprovada contra a doença, como rastreamento de contatos e uso de máscaras. / AFP

Estadão
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