OMS diz que dexametasona é avanço contra covid-19
Organização Mundial da Saúde afirma que pela 1ª vez há um tratamento comprovado que reduz a mortalidade dos pacientes com covid-19
Organização saúda resultado de estudo divulgado pela Universidade de Oxford e afirma que, pela primeira vez, há um tratamento comprovado que reduz a mortalidade em pacientes com respiradores.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou nesta quarta-feira (17/06) que a utilização do esteroide dexametasona, que reduziu significativamente a mortalidade em pacientes seriamente afetados pelo novo coronavírus, é um avanço científico na luta contra a pandemia de covid-19.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que se trata do primeiro tratamento comprovado que reduz a mortalidade em pacientes que apenas conseguem respirar com o uso de respiradores.
"São boas notícias e congratulo o governo britânico, a Universidade de Oxford e os muitos hospitais e pacientes no Reino Unido que contribuíram para esse avanço científico capaz de salvar vidas", acrescentou.
O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla inglesa) vai começar a utilizar dexametasona para combater a doença provocada pelo Sars-CoV-2, depois de um amplo estudo, feito para encontrar um medicamento eficaz no combate contra a pandemia.
O secretário de Estado da Saúde, Matt Hancock, disse que o NHS está trabalhando para incluir o medicamento no tratamento padrão da covid-19. Ele acrescentou que o medicamento já está disponível e que o Reino Unido tem 200 mil unidades armazenadas e prontas para serem utilizadas desde março.
Cientistas britânicos anunciaram nesta terça-feira que a dexametasona, um esteroide barato e amplamente disponível, reduziu a mortalidade em pacientes em respiradores em até um terço, e naqueles que precisavam de oxigênio, em um quinto. Esses resultados só foram observados em pacientes em estado grave. O estudo foi efetuado por vários cientistas e ainda não foi revisado por outros especialistas.
A dexametasona tem sido usada desde os anos 1960 para reduzir a inflamação em várias doenças, incluindo pacientes com câncer, e está na lista de medicamentos essenciais da OMS desde 1977. Por isso, está fora de patente e prontamente disponível em todo o mundo.