Oncoclínicas e Hapvida firmam parceria para o atendimento de pacientes com câncer
Modelo será adotado em São Paulo e posteriormente será levado para outros Estados
A Oncoclínicas e a Hapvida NotreDame anunciaram nesta quinta-feira, 27, uma parceria para o atendimento ambulatorial em oncologia. O serviço de radioterapia, contemplado em alguns produtos da Hapvida, também poderá ser ampliado.
De acordo com as empresas, a iniciativa começará pela região metropolitana de São Paulo, com potencial de expansão para o interior do Estado. Nos próximos meses, a colaboração deve alcançar ainda usuários em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.
A ideia, afirmam, surgiu em outubro de 2024, quando o fundador e CEO da Oncoclínicas, Bruno Ferrari, e a diretoria da Hapvida se reuniram para discutir soluções para os desafios da oncologia na saúde suplementar. Com o modelo, as empresas buscam unir a expertise em tratamento oncológico à assistência com processos mais ágeis.
A Oncoclínicas conta atualmente com clínicas ambulatoriais e centros de tratamento de câncer, em um modelo de acompanhamento do paciente nas diferentes etapas de cuidado. Já a Hapvida possui quase 16 milhões de usuários e dispõe de 88 hospitais, 77 unidades de pronto atendimento, 341 clínicas médicas e 291 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.
Principal causa de morte
O número de cidades brasileiras onde a principal causa de morte por doenças é o câncer tem aumentado nos últimos anos, segundo uma pesquisa publicada na revista científica The Lancet Regional Health - Americas.
Dos 5.570 municípios do País, 727 (13%) tiveram o câncer no primeiro lugar da lista em 2019. O número quase dobrou desde 2000, quando essa era a realidade de apenas 366 cidades (7%).
A mudança, de acordo com os cientistas, indica que os brasileiros estão vivendo mais e que o tratamento das doenças cardiovasculares, que costumavam figurar em primeiro lugar, tem evoluído.
Os diagnósticos de câncer, por sua vez, devem seguir aumentando. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são previstos 704 mil novos casos neste ano, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência.
