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ONU elogia avanços contra malária, mas pede mais fundos para combater doença

25 abr 2014 - 16h26
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, elogiou hoje os progressos conquistados nos últimos anos na erradicação da malária, mas ressaltou a necessidade de destinar mais fundos para continuar combatendo a doença, que ainda mata mais de meio milhão de pessoas por ano.

Por ocasião da celebração do Dia Mundial Contra a Malária, Ban fez uma chamada à comunidade internacional para que invista e apoie os trabalhos contra a doença.

"Precisamos de mais financiamento para manter o progresso e seguir aumentando a cobertura de intervenções efetivas contra a malária. Precisamos de mais recursos para desenvolver e manter programas de vigilância e combater a crescente resistência dos mosquitos aos inseticidas", disse Ban em comunicado.

Segundo a Unicef, dos US$ 5 bilhões necessários para prevenir e controlar a malária nos próximos três anos, não cobriu- se nem sequer a metade e ainda se necessitam ao redor de 3.700 milhões de dólares para responder às necessidades da África Subsaaariana.

O secretário-geral das Nações Unidas destacou, ao mesmo tempo, os lucros conquistados contra a doença nos últimos anos, que salvaram "3 milhões de vidas desde 2000".

"A taxa de mortalidade global da malária se reduziu mais de 40% e muitos países se aproximaram com sucesso da eliminação da doença", ressaltou Ban.

O enviado especial da ONU para a malária, Ray Chambers, qualificou o progresso de "histórico" e disse que se entrou "em uma nova era na luta contra essa antiga praga".

"Com as mortes infantis por malária baixando de 1 milhão para menos de 500 mil desde que foi lembrado o Dia Mundial contra a Malária pela primeira vez em 2008, a maré mudou e estamos a caminho de derrotar esse assassino global de crianças", disse Chambers.

Enquanto, o presidente da Assembleia-Geral da ONU, John Ashe, lembrou em comunicado que apesar dessas conquistas, a doença termina com a vida de "uma criança africana a cada minuto".

"Ainda há trabalho para fazer e os que vivem nas regiões mais vulneráveis do mundo têm o maior risco", insistiu Ashe.

Segundo dados da Unicef, a malária continua sendo a terceira causa mais comum de morte entre os menores de cinco anos, com 90% das mortes concentradas na África.

A situação acontece apesar de que a malária é uma doença que pode ser prevenida com medidas simples como mosquiteiros e curada com tratamentos de apenas três dias se for detectada a tempo, lembrou a organização.

EFE   
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