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Oropouche: Como se proteger da doença que cresceu 1000% no Brasil?

Surto do vírus Oropouche no Brasil deve ser um "sinal de alerta", dizem especialistas

19 ago 2024 - 06h59
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Resumo
Surto de casos de vírus Oropouche no Brasil ligado a mortes, abortos espontâneos e malformações congênitas.
Oropouche: Como se proteger da doença que cresceu 1000% no Brasil?:

As mortes de duas jovens, abortos espontâneos e malformações congênitas no Brasil foram ligadas ao vírus Oropouche, uma doença pouco conhecida transmitida por borrachudos e mosquitos. Houve um aumento repentino de casos no país este ano – 7.284, contra 832 em 2023. Muitos casos foram registrados em áreas que nunca haviam visto o vírus antes.

Um total de 8.078 casos havia sido confirmado no Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia e Cuba até o final de julho, com médicos da região sendo instados a ficar atentos.

As primeiras mortes conhecidas no mundo, de duas mulheres de 21 e 24 anos na Bahia, foram anunciadas pelo Ministério da Saúde do Brasil em 25 de julho. Ambas desenvolveram sintomas súbitos – que podem incluir febre, dores no corpo e de cabeça – que levaram a hemorragias fatais. Uma potencial terceira morte relacionada, de um homem de 57 anos, está sob investigação.

Uma das mulheres que morreram havia procurado ajuda duas vezes em unidades de saúde, mas havia recebido alta. Márcia São Pedro, diretora de vigilância epidemiológica da Bahia, disse: “Isso está relacionado, acredito, ao fato de as pessoas assumirem que tudo é dengue. E como a dengue é bem conhecida, elas hidratam o paciente e mandam para casa. Precisamos entender que não é esse o caso. Estamos em uma situação diferente agora”.

Em junho, autoridades relataram que uma mulher grávida perdeu seu bebê com 30 semanas de gestação, com o vírus Oropouche posteriormente detectado em amostras do cordão umbilical e órgãos. Um aborto espontâneo com oito semanas de gestação também foi ligado ao vírus.

Felipe Naveca, da Fundação Oswaldo Cruz, uma instituição de pesquisa em saúde vinculada ao Ministério da Saúde do Brasil, e coautor de uma pesquisa que encontrou mudanças genéticas na forma do Oropouche, disse: “Já causou surtos antes, mas nada na escala do que está acontecendo agora”.

O vírus é normalmente encontrado em primatas e preguiças, e pode ser transmitido aos humanos através das picadas de certos borrachudos e mosquitos. Uma revisão publicada na The Lancet em janeiro descreveu o Oropouche como uma “doença negligenciada prototípica” e alertou para lacunas significativas no conhecimento médico e científico sobre o vírus, que “tem potencial para emergir como uma ameaça substancial”.

O Oropouche, detectado pela primeira vez em Trinidad e Tobago em 1955, tende a causar sintomas semelhantes aos da gripe com duração de cerca de uma semana. Em alguns casos, o vírus pode causar complicações graves, como meningite.

Não há vacina ou tratamento específico para o Oropouche, e a Organização Pan-Americana da Saúde disse que as pessoas devem se concentrar na prevenção. Isso inclui cobrir braços e pernas, usar repelentes de insetos contendo Deet, IR3535 ou icaridina, e usar mosquiteiros de malha fina em portas, janelas e camas. Os borrachudos são muito menores que os mosquitos, portanto, os mosquiteiros tradicionais não protegerão contra suas picadas.

Fonte: The Guardian

(*) André Forastieri é jornalista e empreendedor, fundador de Homework e da agência de conteúdo e conexão Compasso, e mentor de profissionais e executivos. Saiba mais em andreforastieri.com.br

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