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Outubro Rosa: 10 mitos e verdades sobre o câncer de mama

O câncer de mama é a neoplasia mais frequente entre as mulheres e, mesmo com a campanha Outubro Rosa consolidada, ainda restam dúvidas sobre a doença

2 out 2023 - 13h01
(atualizado em 3/10/2023 às 21h40)
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O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres. De acordo com estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), para o triênio de 2023 a 2025 o país deve registrar 73.610 casos novos da doença, um risco estimado de 66,54 casos novos a cada 100 mil mulheres. Só em 2020, o Brasil registou quase 18 mil mortes por câncer de mama, que equivale a um risco de 16,47 mortes por 100 mil mulheres. 

Há três décadas, outubro é conhecido mundialmente como o mês de conscientização sobre o câncer de mama. Mas, apesar da campanha já estar consolidada no Brasil, muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre o que é verdade e o que é mito a respeito da doença. 

Quais os primeiros sinais de câncer de mama?:

Pensando nisso, o Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz esclarece dez mitos e verdades sobre o câncer de mama. Confira:

1 - Menopausa e reposição hormonal não trazem risco para o câncer de mama

Verdade para menopausa e falso para reposição hormonal. A menopausa é um processo natural que ocorre com todas as mulheres e equivale ao último período menstrual. O período antes, durante e depois desta última menstruação chama-se climatério, que é quando ocorre a diminuição progressiva da função ovariana e da produção do estradiol e da progesterona.

Este processo é natural e não está relacionado a um aumento do risco de câncer de mama. No entanto, ele acarreta uma série de sintomas devido à diminuição dos hormônios femininos, como ondas de calor, irritabilidade, alterações do humor, alterações vaginais, diminuição de libido, aumento do risco de osteoporose, entre outros. 

Já a reposição hormonal é uma estratégia extremamente potente para combater estes sintomas. Porém, na década de 2000, a reposição hormonal foi realizada sem um correto controle e acompanhamento médico. Dessa forma, se tornou um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama, com aumento do risco relativo entre 10 % e 20% em comparação a mulheres que não fizeram reposição hormonal. 

Por isso, para a realização segura de reposição hormonal, a mulher deve receber orientação sobre os riscos e benefícios de tal estratégia, além de manter sempre acompanhamento profissional médico especialista.

2 - Os chamados chips da beleza previnem o câncer de mama

Mito. Chips da beleza são chips subcutâneos que liberam de forma lenta e progressiva hormônios, principalmente a testosterona, que no fígado é metabolizada e uma parte se torna estrogênio, o principal hormônio feminino. Por ser uma exposição com pouco controle e a longo prazo, há sim um risco aumentado de desenvolvimento de câncer de mama.

3 - Uso de anticoncepcional causa câncer de mama

Parcialmente verdade. Alguns estudos têm demonstrado que o uso a longo prazo de anticoncepcional oral pode aumentar o risco de câncer de mama. Porém este aumento de risco é muito pequeno quando comparado com pacientes que não usam o anticoncepcional oral.

Vale lembrar que anticoncepcional oral é uma forma de anticoncepção altamente eficaz. Além disso, ele também pode ser extremamente bem-vindo em condições como endometriose ou distúrbios hormonais. O seu uso não deve ser contraindicado, mas as pacientes devem ser informadas e discutir com seu médico, de forma individualizada, qual a melhor forma de contracepção.

4 - Hereditariedade aumenta em 80% as chances de desenvolver câncer de mama

Verdade. Fatores genéticos correspondem a 12% dos casos de câncer de mama e aumentam em 80% as chances de desenvolvimento da doença. O mapeamento genético pode ser importante aliado na prevenção e no tratamento em casos do tipo. 

O mapa pode ser feito por qualquer pessoa por meio de uma coleta de sangue, saliva ou qualquer outro fluido que contenha material genético, entretanto, a análise se dá por meio de sofisticadas técnicas de laboratório e é indicada para pessoas que tenham histórico de doenças genéticas em familiares.

5 - Próteses de silicone aumentam o risco de câncer 

Mito. Não há relação do uso de próteses mamárias com o risco de desenvolvimento de câncer de mama. 

6 - Usar desodorante antitranspirante causa câncer de mama

Mito. Muito se fala sobre a relação entre os sais de alumínio, presentes na formulação de alguns desodorantes, e o aumento do risco de desenvolvimento do câncer de mama. Porém não há com o que se preocupar. Isso porque, até hoje, nenhum estudo científico conseguiu estabelecer relação entre o uso desse produto e o risco de desenvolver a neoplasia. 

Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que o produto é seguro e que não existe relação entre a substância e o desenvolvimento do tumor.

7 - A prática de atividades físicas pode ajudar a prevenir o câncer de mama

Verdade. A atividade física, quando praticada regularmente (no mínimo três vezes por semana com duração mínima de trinta minutos), traz diversos benefícios a curto e longo prazo para qualquer pessoa. 

Para prevenir o câncer de mama as mulheres devem iniciar uma mudança de hábitos em sua rotina, como praticar atividade física regularmente, ingerir alimentos saudáveis e realizar os exames preventivos, como a mamografia.

8 - Usar sutiã apertado causa câncer

Mito. Não há embasamento científico que relacione o uso de sutiãs apertados e o surgimento do câncer de mama. Há uma falsa ideia de que o sutiã comprime os vasos sanguíneos, acumulando assim toxinas na mama, porém não há base para essa afirmação. 

9 - Todos os nódulos da mama são câncer 

Mito. A maioria dos nódulos na mama correspondem a lesões benignas ou cistos. Achando um nódulo, não se desespere e consulte um médico.

10 - Mulheres que amamentam têm menos chances de desenvolver câncer de mama

Verdade. Uma das orientações do Ministério da Saúde para prevenção do câncer de mama é o aleitamento materno. Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) mostram que o risco de desenvolver câncer de mama é cerca de 22% menor em mulheres que amamentaram.

Fonte: Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

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