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Pazuello lamenta mortes e defende tratamento precoce

Em nota, ministro interino da Saúde afirmou que 'não se trata de números, planilhas ou estatísticas, mas de vidas perdidas'

8 ago 2020 - 18h37
(atualizado às 19h43)
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O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, lamentou as mortes pelo novo coronavírus e, no dia em que o País atingiu 100 mil óbitos por covid-19, voltou a defender o início imediato de tratamento, mesmo com a ausência de um medicamento com eficácia comprovada cientificamente.

Ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello
09/06/2020
REUTERS/Adriano Machado
Ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello 09/06/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em menos de seis meses, o Brasil atingiu a marca de 100 mil mortos por coronavírus. O País contabiliza neste sábado à tarde, 8, um total de 100.240 mortes, segundo dados do levantamento realizado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL com as secretarias estaduais de Saúde. Se o País fizesse 1 minuto de silêncio em homenagem a cada vítima, teria de passar 70 dias calado.

"O Ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, lamenta profundamente por cada vida perdida na pandemia da covid-19. Não se trata de números, planilhas ou estatísticas, mas de vidas perdidas que afetam famílias, amigos e atingem o entorno do convívio social", diz nota da pasta distribuída à imprensa neste sábado, 8, sem mencionar o número de óbitos.

Na manifestação, o ministro voltou a defender o que classifica como "conduta precoce" no combate à covid-19, que na prática envolve a prescrição de medicamentos sem a eficácia comprovada cientificamente. "A ida ao médico, o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento, com a prescrição do medicamento mais adequado a cada caso, é o que pode sim fazer a diferença."

Assim como fez o presidente Jair Bolsonaro, Pazuello deu destaque para o número de pacientes recuperados - "mais de dois milhões de brasileiros curados" - mas não fez menção direta aos dados de mortes no País. "O ministro agradece o empenho, dedicação e altruísmo dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente do enfrentamento à covid-19 com o firme propósito de salvar vidas."

Conforme o Estadão antecipou, Pazuello cobrou da equipe técnica da pasta uma mudança na divulgação das informações sobre a doença. O ministro interino pediu que seus assessores separem as informações por regiões do País todas as "santas vezes" que falarem sobre os números da doença. A intenção de Pazuello é evitar que Estados e municípios com menos registros de casos novos tomem medidas drásticas considerando o cenário nacional.

Neste sábado, 8, quando o País completa 84 dias sem ministro da saúde e atinge a marca de 100 mil mortes por covid-19, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) decretaram luto oficial em homenagem às vítimas que perderam a vida pela covid-19 no País.

Abaixo, a nota do Ministério da Saúde na íntegra:

"O Ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, lamenta profundamente por cada vida perdida na pandemia da Covid-19. Não se trata de números, planilhas ou estatísticas, mas de vidas perdidas que afetam famílias, amigos e atingem o entorno do convívio social. O Ministério da Saúde permanece trabalhando 24 horas por dia em parceria com estados e municípios para garantir que não faltem recursos, leitos, medicamentos e apoio às equipes de saúde.

Pazuello reitera que, a qualquer sinal ou sintoma da doença, as pessoas procurem imediatamente a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa. A ida ao médico, o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento, com a prescrição do medicamento mais adequado a cada caso, é o que pode sim fazer a diferença.

O ministro agradece o empenho, dedicação e altruísmo dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente do enfrentamento à Covid-19 com o firme propósito de salvar vidas.

O Brasil ocupa o primeiro lugar no mundo em número de pacientes recuperados, registrando mais de dois milhões de brasileiros curados."

Estadão
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