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Perguntas e respostas da flexibilização da quarentena em SP

Tire suas dúvidas de como deve funcionar o plano de reabertura econômica do Estado proposto pela gestão João Doria

28 mai 2020 - 05h10
(atualizado às 09h07)
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O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira, 27, um plano para liberação gradual da atividade econômica no Estado. Para isso, montou um planejamento em etapas, no qual são levados em consideração fatores como indicadores de novas infecções e ocupação da rede hospitalar. O Estadão separou respostas para algumas perguntas comuns sobre o assunto. Veja:
Ladeira Porto Geral, em São Paulo, com lojas fechadas durante quarentena do coronavírus
24/03/2020
REUTERS/Amanda Perobelli
Ladeira Porto Geral, em São Paulo, com lojas fechadas durante quarentena do coronavírus 24/03/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Como vai funcionar a flexibilização da quarentena em São Paulo?

Ocorrerá uma reabertura dividida em cinco etapas. O Estado foi dividido em 18 regiões e a primeira fase, vermelha, é de alerta máximo, com funcionamento apenas de serviços essenciais. A fase dois (laranja) é de controle, de atenção, ainda com medidas restritivas, mas onde já é possível iniciar a flexibilização de alguns setores, como atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércios e shoppings centers. Na fase três (amarela), é possível reabertura de bares, restaurantes e salões de beleza, mas ainda com restrições de horário e fluxo de clientes, somados aos da fase dois. Na fase quatro (verde), haverá um nível de abertura maior, incluindo academias, mas ainda com restrições. E a fase cinco, chamada de "o novo normal controlado", traz a liberação total, mas com medidas de higiene.

Quais são os critérios para definir cada fase?

A flexibilização vai levar em conta a capacidade do sistema de saúde, com a taxa de ocupação de leitos de UTI e o número de leitos por 100 mil habitantes, além da evolução da epidemia, com números de casos, internações e óbitos. Segundo o governo, uma região só poderá passar a um maior relaxamento após 14 dias da mudança de fase, mantendo os indicadores de saúde estáveis por um período completo de incubação.

A proposta anunciada nesta quarta autoriza o início do processo de reabertura em 583 das 645 cidades do Estado. Ficaram de fora as regiões do Vale do Ribeira, da Baixada Santista e a Grande São Paulo, com exceção da capital, que ainda devem continuar com restrição total porque, para as autoridades de saúde, ainda não têm condições de reabertura.

Que setores do comércio e de serviços podem funcionar em cada fase?

Entenda no infográfico abaixo como o plano afeta cada setor.

 

Quais são os protocolos previstos para cada setor?

Leia aqui o que o protocolo para cada setor prevê em relação a medidas preventivas. O uso de máscaras segue obrigatório em todo o Estado.

O que acontece se o número de casos ou ocupação de leitos aumentar novamente?

O governo diz que uma região pode ser reavaliada para fases mais restritas se não atender aos critérios (uma região pode passar da fase 3 para a 1 se tiver uma piora considerável em seus indicadores).

Já há alguma definição sobre a retomada das aulas?

A retomada de aulas presenciais no setor de educação e o retorno da capacidade total das frotas de transportes seguem sem previsão.

Qual foi a reação ao plano de reabertura?

A proposta de iniciar a reabertura dos comércios no Estado de São Paulo, sem a clareza de que estamos em uma curva descendente de infecções, é arriscada, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão. Além disso, pode desperdiçar os resultados do isolamento social obtidos durante a quarentena. 

Já os setores econômicos aprovaram a flexibilização da quarentena, mas fizeram cobranças para a retomada das atividades. Segundo representantes, há detalhes que não foram esclarecidos no plano divulgado pelo governador João Doria (PSDB), na última quarta-feira. Leia aqui. /Bruno Ribeiro, Pedro Venceslau, Paloma Cotes, Mariana Hallal, João Prata, Felipe Resk, Ludmila Honorato e Guilherme Amaro

Estadão
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