Pessoas com doenças crônicas sofrem mais no calor; veja sinais de alerta
Eficácia de medicamentos usados por pacientes crônicos pode ficar reduzida no calor
O calor excessivo pode ter efeitos significativos na saúde de pessoas com doenças crônicas, condições de longa duração que possuem potencial para causar danos duradouros à saúde. Doenças cardíacas, pulmonares, diabetes e outras, podem tornar os pacientes mais vulneráveis aos efeitos adversos do calor extremo.
A desidratação, causadora de perda de líquidos e eletrólitos, pode desequilibrar o sistema hídrico e salino do corpo, sendo especialmente preocupante em indivíduos com doenças renais ou insuficiência cardíaca.
Além disso, a médica geriatra Simone de Paula Lima explica que o uso de alguns medicamentos específicos para tratar doenças crônicas podem acabar afetando a capacidade do corpo de se resfriar ou até mesmo ter a eficácia reduzida se o corpo estiver desidratado.
“Pacientes com doenças neurológicas podem ter dificuldade em regular a temperatura do próprio corpo. Pacientes com doenças respiratórias, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), podem sofrer mais devido ao ar quente e poluído”, exemplifica a médica.
Sinais de alerta
Em condições de altas temperaturas é crucial estar atento a certos sintomas que podem indicar problemas sérios de saúde relacionados ao calor.
Quando a pessoa sofre de exaustão por calor, é comum:
- sudorese intensa;
- palidez;
- cansaço e fraqueza;
- tontura ou sensação de leveza na cabeça;
- náusea ou vômito;
- pulsação rápida, porém fraca;
- dor de cabeça.
Em casos de hipertermia, vale estar atento à outros sinais, como:
- temperatura corporal elevada (acima de 39°C);
- pele vermelha, quente e seca sem suor;
- pulsação rápida e forte;
- dor de cabeça intensa;
- tontura;
- náusea;
- confusão ou desorientação e perda de consciência.
Sinais de desidratação:
- sede excessiva;
- boca seca;
- urina de cor escura;
- cansaço;
- letargia;
- tontura e vertigem.
Indivíduos com alterações na função mental podem apresentar confusão, delírio, alucinações ou coma, especialmente em idosos ou pessoas com condições de saúde preexistentes.
Já com relação aos sintomas de pessoas com doenças respiratórias, pode haver dificuldade para respirar, dor no peito, ou sensação de asfixia.
Como preservar a saúde no calor?
Simone de Paula destaca que a ingestão de água continua sendo a principal forma de prevenir acidentes em condições de calor extremo. Ela enfatiza a importância de beber água regularmente, mesmo na ausência de sede e aconselha evitar o consumo de bebidas que contenham cafeína e álcool.
Outras sugestões incluem:
- Dar preferência para roupas leves, soltas e de cores claras, com tecidos naturais como algodão, por ajudar na absorção do suor e facilitar a ventilação;
- Usar e abusar de chapéus de aba larga; óculos de sol e proteção solar com alto fator de proteção (FPS), reaplicando conforme necessário, especialmente após nadar ou suar;
- Evitar o sol entre 10 e 16h;
- Consumir alimentos leves e não gordurosos, como frutas e vegetais;
- Evitar exercícios intensos durante as horas mais quentes do dia;
- Usar ventiladores, climatizadores, umidificadores ou ar-condicionado para manter a casa fresca;
- Investir em banhos ou duchas mais frios.