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Pianista adolescente tem mãos e pés amputados após sintomas semelhantes à gripe

Doença provocou grave reação imunológica em jovem; família pede doações

14 set 2023 - 11h07
(atualizado às 16h32)
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Mathias Uribe, de 14 anos, teve complicação rara após sintomas de gripe
Mathias Uribe, de 14 anos, teve complicação rara após sintomas de gripe
Foto: Reprodução

Um pianista de 14 anos teve as mãos e pés amputados depois de contrair uma doença semelhante à gripe, que provocou uma reação imunológica que pode ser mortal. O caso aconteceu no Tennessee, nos Estados Unidos. A família de Mathias Uribe agora arrecada doações para pagar as despesas médicas.

Mathias começou a ter sintomas semelhantes a um resfriado comum em junho deste ano, e em poucas semanas, precisou ser hospitalizado em emergência.

No hospital, o garoto foi diagnosticado com a síndrome do choque tóxico, de acordo com informações do jornal americano New York Post. O problema acontece quando infecções liberam toxinas na corrente sanguínea.

Os pulmões de Mathias começaram a falhar, e ele foi colocado em uma máquina de suporte à vida, mas o corpo dele teve dificuldades para bombear o sangue. Isso fez com que a pele das mãos e pés ficasse necrosada, e os médicos precisaram amputar os quatro membros.

A mãe do jovem pianista, Catalina Uribe, disse que é "muito difícil" ver vídeos do filho correndo e tocando piano, mas que se sente grata pela vida do garoto.

A pediatra que chefia a equipe de cuidado de Mathias afirmou que o caso é extremamente raro, e que, às vezes, quando há uma gripe, é possível que ocorra uma infecção bacteriana. Mesmo assim, ela explicou que "a maioria das crianças não fica tão doente quanto" Mathias, que sofreu de síndrome do choque tóxico estreptocócico.

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Qual é a causa?

A doença é causada pela bactéria estreptococo do grupo A, que geralmente é encontrada na garganta e na pele, e costuma ser benigna. No entanto, quando o sistema imunológico de alguém já está enfraquecido por uma infecção, é possível que a pessoa esteja mais vulnerável a bactérias relativamente inofensivas.

Em 30 de junho, Mathias teve uma parada cardíaca, e foi levado de helicóptero para um hospital, que tinha a máquina de suporte à vida. Depois de 20 dias sendo submetido a tratamentos intensivos, os médicos informaram que a amputação seria necessária.

Quando alguém possui sepse, a inflamação faz com que o sangue coagule e se torne espesso, dificultando a circulação pelo corpo, tornando necessária a amputação dos membros comprometidos. Como os nutrientes não conseguem chegar aos tecidos, eles começam a morrer.

O tecido necrosado deve ser removido para evitar a propagação da infecção, e se a área gangrenosa for pequena, o cirurgião pode conseguir remover apenas o que for necessário. 

Em 21 de julho, porém, a equipe médica de Mathias amputou sua perna esquerda logo abaixo do joelho. Quatro dias depois, foi a perna direita. Já em 1º de agosto, as mãos foram removidas.

A sepse é considerada uma emergência médica, e é chamada por especialistas de "assassino silencioso". Ela acontece pela reação extrema do corpo a uma infecção, e ocorre quando químicos usados no sangue para combater uma infecção causam inflamação em todo o corpo. A reação em cadeia pode levar à falência dos órgãos.

Mathias passou por mais de 12 cirurgias, e ainda tem algumas pela frente, segundo o New York Post. Ele deve continuar hospitalizado por tempo indeterminado. A família pede ajuda para arcar com as despesas médicas e o custo das próteses. Ainda há esperança que Mathias possa voltar a tocar piano e praticar esportes.

Fonte: Redação Terra
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