Pílulas para emagrecer podem levar à morte
Os medicamentos vendidos online e anunciados em redes sociais causam diversos problemas de saúde e podem levar ao óbito
O governo do Reino Unido iniciou uma campanha para identificar os vendedores ilegais de pílulas para emagrecer. De acordo com o Daily Mail, os remédios — banidos nos países e com propaganda dirigida às mulheres que querem perder peso rápido, a tempo do verão no hemisfério norte — têm ingredientes manufaturados em laboratórios ilegais da China e da Índia.
"Você não sabe o que há dentro das pílulas, e elas são perigosas: podem causar derrames e ataques cardíacos", diz Danny Lee-Frost, chefe de operações da Agência Reguladora de Produtos de Medicina e Cuidados com a Saúde (MHRA).
"Também não se tem ideia de como elas são produzidas. No passado, já fizemos batidas em lugares que misturavam os ingredientes dos remédios em betoneiras. O que caía no chão era varrido e jogado de volta para a mistura."
Nos últimos dias, o MHRA recolheu cerca de 3.6 milhões de doses de medicamentos ilegais. A maioria contém sibutramina, uma substância vendida apenas com receita no Reino Unido desde 2010, quando pacientes que a tomavam começaram a relatar aumento na pressão arterial e nos batimentos cardíacos.
Outra versão das soluções rápidas para perda de peso, as "ervas e medicamentos tracidionais chineses" também trazem riscos. Alguns deles contêm níveis perigosos de metais pesados como mercúrio, arsênico e chumbo, além de efedrina. Os efeitos colaterais incluem insônia, psicose e palpitações cardíacas que levam a complicações mais sérias.