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Por pandemia de coronavírus, Brasil já tem mais de 400 shoppings fechados

Sudeste, Sul e Centro-Oeste são regiões mais afetadas; centros comerciais preveem prejuízos

21 mar 2020 - 09h11
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SÃO PAULO - A pandemia do novo coronavírus paralisou quase totalmente os shopping centers do País. Levantamento da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), concluído às 17 horas da sexta-feira, 202, mostrava que dos 577 empreendimentos, 71% estavam afetados pela pandemia: 406 totalmente fechados e cinco funcionando em horário reduzido. Os 411 shoppings afetados estão espalhados por 19 unidades da federação. As regiões que concentram o maior número de shoppings que fecharam as portas são Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Cidades como São Paulo e Belo Horizonte já determinaram o fechamento do comércio, com exceção de estabelecimentos de serviços essenciais, como mercados e farmácias.

Governador recomenda que os shopping centers fiquem fechados de 23 de março a 30 de abril
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Foto: Divulgação / Estadão

"Mas as restrições avançam para regiões Norte e Nordeste, atingindo todos os Estados", observa o presidente da Abrasce, Glauco Humai. Apesar de não ter projeção do impacto nas vendas das medidas de restrição no funcionamento dos centros comerciais, o executivo que representa os empreendedores de shoppings, diz que ele será muito grande. "Não se sabe o tempo que a pandemia vai durar, o cenário é terrível." Os shoppings venderam no ano passado R$ 192 bilhões, cerca de R$ 15 a R$ 16 bilhões por mês. Um mês fechado afeta o faturamento e a venda não é recuperada no futuro. "É uma venda perdida", diz Humai.

Ele frisa que neste momento todos os shoppings estão seguindo as determinações das autoridades de saúde e que a prioridade hoje é a saúde da população. Em relação à manutenção dos empregos e às dificuldades enfrentadas pelos lojistas daqui para frente diante da interrupção nas vendas, o presidente da Abrasce afirma que tudo será negociado.

"Acredito que o governo vai tomar medidas para evitar demissões", diz Humai. Ele diz que a Uniecs, que reúne comércio, bares, restaurantes e serviços, e tem sob o seu guarda-chuva nove outras entidades, está conversando com o governo, sugerindo ações para que as demissões sejam contidas. O governo sinalizou que está estruturando medidas e, a partir da próxima semana, deve anunciar providêncis mais concretas. Hoje os shoppings brasileiros empregam 1,1 milhão de trabalhadores.

Em relação à flexibilização do pagamento de aluguéis, fundo de promoção, condomínio, demandada pelo lojistas diante do fechamento dos comércio e queda abrupta no faturamento, Humai diz que não haverá uma regra geral e a recomendação da Abrasce é de que cada shopping negocie com os seus lojistas. "Se o governo vier com uma linha de crédito, será uma peça fundamental. Ninguém quer quebradeira geral."

Estadão
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