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Por que descongestionante nasal vicia e como evitar que isso aconteça?

Visto como aliado do combate à congestão, remédio pode se tornar vilão

28 jul 2024 - 05h00
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Descongestionante nasal alivia, mas também pode viciar
Descongestionante nasal alivia, mas também pode viciar
Foto: ThorstenF/Pixabay

Os descongestionantes nasais, aliados poderosos no combate à congestão nasal, podem se tornar vilões silenciosos se usados de forma inadequada. Seu uso prolongado, além do tempo recomendado, leva à dependência e ao vício.

O principal responsável por esse efeito é a vasoconstrição, mecanismo de ação dos descongestionantes que contrai os vasos sanguíneos do nariz, desobstruindo as vias respiratórias. Com o uso frequente, os vasos se habituam à contração induzida pelo medicamento, perdendo a capacidade de se dilatar naturalmente.

Como explicou o otorrinolaringologista do Alfa Instituto de Comunicação e Audição, Dr. Fernão Bevilacqua, para o Terra Você: "Quando a pessoa percebe que o descongestionante faz com ela se sinta com o nariz desobstruído, quase que instantaneamente, isso acaba incentivando-a a querer buscar mais doses do spray, o que a torna dependente".

Sintomas do vício

É comum que, ao suspender o uso do descongestionante após o seu uso frequente, os vasos se dilatem excessivamente, causando congestão nasal ainda mais intensa e persistente, levando o indivíduo a buscar o descongestionante novamente, criando um ciclo vicioso.

Além disso, o uso contínuo irrita e resseca a mucosa nasal, tornando-a mais suscetível a inflamações e sangramentos, provocando o ressecamento nasal. 

Em casos graves, o vício pode levar à perda parcial ou total do olfato.

Como prevenir o vício?

Para não se viciar na medicação, é importante seguir as instruções de uso do remédio, utilizando o descongestionante apenas pelo tempo recomendado na bula, geralmente de 3 a 7 dias.

Você também pode optar por alternativas que não oferecem esse risco, como soluções salinas nasais ou sprays de água do mar que podem ajudar a desobstruir as vias nasais sem causar dependência.

De acordo com o Dr. Fernão Bevilacqua, o processo para suspender o medicamento ocorre de maneira gradual, e pode ser necessário o uso de medicamentos para aliviar a sensibilidade da mucosa.

"Um otorrinolaringologista pode sugerir o uso de corticoides, lavagem nasal ou até medicamentos orais como anti-inflamatórios e anti-histamínicos, dependendo sempre de cada caso. Mas para cessar instantaneamente, a melhor forma ainda é trocar pelo soro fisiológico", diz o especialista.

Fonte: Redação Terra Você
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