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Preenchedores: gordura é mais vantajosa do que ácido hialurônico?

Uso de gordura retirada do próprio paciente tem se destacado em procedimentos de preenchimento, com vantagens sobre o ácido hialurônico

14 out 2024 - 06h46
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Preenchedores: gordura é mais vantajosa do que ácido hialurônico?:

Por muito tempo, o ácido hialurônico foi considerado o preenchedor injetável padrão-ouro, afinal, possui excelente compatibilidade com o organismo e boa durabilidade. Mas, recentemente, outra substância tem ganhado destaque nos procedimentos de preenchimento: a gordura. 

“A gordura tem sido cada vez mais utilizada para melhorar a harmonia facial, rejuvenescer e conferir volume em regiões como lábios e sob os olhos, por exemplo. Essa gordura é extraída do próprio paciente e, após tratada, é injetada novamente no local desejado”, destaca o dermatologista Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), expert em tecnologias dermatológicas e ex-coordenador do Departamento de Laser e Tecnologias da SBD (2017-2021). 

“E se antes a lipoaspiração com internação em centro cirúrgico era o único meio de obter a gordura para o procedimento, hoje existem sistemas como o Lipocube que permitem que a gordura seja aspirada com menor intervenção no próprio consultório sob efeito de anestesia local”, diz o médico. 

Mas, afinal, quais as diferenças da gordura em comparação aos preenchedores injetáveis de ácido hialurônico? Segundo o dermatologista, a principal diferença está na maneira como essas duas substâncias são obtidas. 

“Apesar de ser uma substância presente no organismo e, logo, biocompatível, o ácido hialurônico é produzido em laboratório. Em contrapartida, a gordura é obtida do próprio paciente. Logo, não causa rejeição ou reações alérgicas, ao contrário do ácido hialurônico, que possui esse risco, ainda que baixo”, destaca Renato. 

Por esse motivo, a gordura também é menos inflamatória que o ácido hialurônico e alguns estudos até apontam que o material possui propriedades anti-inflamatórias. “Já o ácido hialurônico pode causar uma inflamação, com surgimento de inchaço localizado, especialmente na área ao redor dos olhos. Por isso, essa é uma região em que a gordura é muito utilizada”, diz o médico.

A gordura ainda é um material ativo biologicamente, isto é, possui alta concentração de fatores de crescimento e células-tronco, especialmente quando tratada com o Lipocube, que é capaz de obter um material com uma quantidade muito maior desses componentes em comparação a outros métodos de processamento de gordura. 

“Dessa forma, além de preencher, a gordura ainda tem efeito regenerador e bioestimulador, o que melhora significativamente o resultado”, diz ele. 

E, de acordo com o médico, a durabilidade dos resultados também é diferente: enquanto os efeitos do preenchimento com ácido hialurônico são visíveis por cerca de 9 a 12 meses, a gordura é somente parcialmente absorvida e mantém resultados satisfatórios por até 24 meses.

Outra questão é que a gordura, com uma única extração, poder ser usada para diferentes finalidades, proporcionando, inclusive, um rejuvenescimento global da face, com tratamento de todos os fatores envolvidos no processo do envelhecimento do rosto, desde a reabsorção óssea e dos compartimentos de gordura até a perda da qualidade da pele. 

“Isso porque o Lipocube é capaz de quebrá-la em diferentes tamanhos dependendo da necessidade: mili, maior tamanho das moléculas de gordura e ideal para combater a reabsorção óssea e conferir volume; micro, tamanho intermediário utilizado para preencher sulcos como o bigode chinês; e nano, as menores partículas de gordura que, aplicadas de maneira superficial por injeção ou microagulhamento, conferem firmeza, reduzem rugas e melhoram a qualidade, luminosidade e a textura da pele”, destaca o médico.

Vale ressaltar, no entanto, que o uso da gordura para preenchimento não substitui, necessariamente, os preenchedores de ácido hialurônico. Por exemplo, o custo, o local tratado e a quantidade de gordura do paciente, ainda que o Lipocube não requeira a extração de uma quantidade substancial do material, são questões que devem ser levadas em consideração.  “Cabe ao médico realizar uma avaliação e decidir, junto ao paciente, o melhor procedimento para cada caso”, finaliza Renato Soriani.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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