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Prefeitura de São Paulo prorroga campanha de vacinação contra gripe por tempo indeterminado

Vacina é voltada para toda a população acima de 6 meses de idade; tire suas dúvidas sobre a imunização

15 jul 2024 - 10h13
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A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo informou que vai manter a vacinação contra o vírus da gripe por tempo indeterminado na cidade. A campanha é voltada para toda a população acima dos 6 meses de idade.

Vacina protege contra duas cepas de Influenza A (H1N1 e H3N2), predominantes no Brasil, e Influenza B
Vacina protege contra duas cepas de Influenza A (H1N1 e H3N2), predominantes no Brasil, e Influenza B
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil / Estadão

Para receber a vacina, basta se dirigir até a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, de segunda-feira a sexta-feira. Aos sábados, o serviço de vacinação ocorre nas UBSs que são integradas às Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), das 7h às 19h.

O objetivo da prorrogação é elevar a cobertura vacinal entre o grupo prioritário. Segundo o Ministério da Saúde, o imunizante é especialmente recomendado para crianças de 6 meses a menores de 6 anos; gestantes; puérperas; idosos; povos indígenas e pessoas em situação de rua.

Segundo dados da Secretaria da Saúde do município, desde o início da campanha de vacinação contra a influenza, em 22 de março, até o momento, foram aplicadas 2.571.512 doses do imunizante, equivalente a 46,94% do público prioritário.

A mudança, porém, não se estende necessariamente aos demais municípios do Estado de São Paulo, que anunciou o fim da campanha de imunização no domingo, 14.

Veja abaixo por que é importante garantir sua dose.

Quais os riscos para idosos que não tomam a vacina da gripe?

Segundo o Instituto Butantan, de todas as internações que ocorrem por influenza no País, 70% são de pacientes acima de 60 anos. Mas os impactos também valem para outros grupos.

Assim como os idosos, grávidas, crianças abaixo de cinco anos, pessoas com doenças crônicas e imunossuprimidos têm maior risco de desenvolver gripe grave quando não vacinados. Entre os mais velhos, isso acontece devido à soma de comorbidades, como pressão alta, diabetes e problemas renais, que enfraquece o sistema imunológico. Já entre crianças pequenas, o problema se dá devido à imaturidade do sistema imunológico e, entre gestantes, por alterações no sistema imune decorrentes dos hormônios e de outras mudanças no corpo.

Para esse grupo, as implicações possíveis de não tomar a vacina contra a gripe são o desenvolvimento de sintomas mais fortes, pneumonia viral e maior risco de evolução para quadros de insuficiência respiratória. Por isso, eles devem ser prioridade na hora da imunização.

Qual a importância de se vacinar contra a gripe todos os anos?

O vírus influenza possui quatro tipos A, B, C e D e sofre mutações contínuas, levando à circulação de novas cepas nos hemisférios Norte e Sul a cada inverno. Isso significa que a vacina do ano anterior não necessariamente trará proteção contra as cepas circulantes neste ano — além disso, de acordo com a SES, cerca de dez meses após a imunização, a proteção já começa a cair.

Para os grupos em maior risco, a vacina reduz as chances de sintomas mais graves, como falta de ar e insuficiência respiratória, que podem levar à necessidade de intubação e aumentar o risco de morte. Para os demais, a imunização permite passar pela doença de forma assintomática ou com sintomas mais leves.

Quem já teve gripe neste ano deve se vacinar?

Sim. A vacina contra gripe disponibilizada neste ano é composta por duas cepas de influenza A, predominantes no Brasil, e uma cepa de influenza B, que tende a causar um quadro exacerbado de gripe em crianças pequenas. Mesmo que você tenha adoecido, o imunizante pode protegê-lo contra variantes diferentes daquela com a qual se infectou.

Além disso, mesmo que você tenha apresentado sintomas parecidos com os da gripe, não necessariamente esteve infectado com o influenza, já que outros vírus comuns durante o outono e o inverno podem causar sintomas respiratórios parecidos.

Vacina protege contra duas cepas de Influenza A (H1N1 e H3N2), predominantes no Brasil, e Influenza B
Vacina protege contra duas cepas de Influenza A (H1N1 e H3N2), predominantes no Brasil, e Influenza B
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil / Estadão
Estadão
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