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Presidente da Smart Fit prega cautela para reabrir academias e diz que 'setor vai sofrer muito'

Após presidente Jair Bolsonaro incluir estabelecimento como atividade essencial, Edgard Corona afirma: 'Quando o município entender que podemos abrir, vamos abrir de uma forma muito segura'

13 mai 2020 - 09h12
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O presidente da rede de academias Smart Fit, Edgard Corona, pregou cautela para reabrir suas unidades no Brasil após o presidente Jair Bolsonaro incluir o estabelecimento como atividade essencial. O empresário diz que "trabalha tecnicamente" com as secretarias municipais e estaduais para analisar planos de reabertura durante a pandemia do coronavírus.

Das 841 unidades que a rede possui em 12 países, apenas 16 estão abertas no Brasil - em Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo Corona, a Smart Fit implementou "procedimentos extremamente seguros" nas academias, como medição de temperatura na entrada dos clientes e funcionários, higienização de aparelhos, lugares marcados com distância de 2 metros e reserva de horários para não haver lotação.

"Eu sou a favor de trabalhar se a autoridade entender que não tem risco na região. Não só em relação a academias. Estamos trabalhando tecnicamente com as secretarias e mostrando a consistência dos procedimentos que criamos. Quando o município entender que podemos abrir, vamos abrir de uma forma muito segura", afirmou Corona, em entrevista ao Estado.

Unidade da academia Smart Fit
Unidade da academia Smart Fit
Foto: Divulgação / Estadão

Corona citou o exemplo do Rio Grande do Sul, que dividiu o Estado em regiões no plano de reabertura das atividades. O presidente da Smart Fit admitiu que as academias devem ficar fechadas por mais tempos em lugares onde há mais casos do coronavírus, como São Paulo e Rio de Janeiro.

"O Brasil é muito grande, não tem como ter uma regra geral para tudo. Cada caso é um caso. Em São Paulo, por exemplo, tem uma situação muito mais crítica e pode ser que demore mais para reabrir. É compreensível", disse.

A inclusão de academias - e também salões de beleza e barbearias - como serviço essencial tem causado polêmica. Após a decisão do presidente Jair Bolsonaro, que publicou o decreto na última segunda-feira, alguns governadores se mostraram contrários à decisão e disseram que não vão liberar a reabertura desses estabelecimentos.

"Foi um baita reconhecimento. Se você olhar em termos de doença e saúde, tem atos preventivos e corretivo. E somos o preventivo, porque você consegue diminuir os riscos com hábitos saudáveis. De alguma forma, é um reconhecimento da importância desse serviço", opinou Corona.

Edgard Corona, presidente da Smart Fit
Edgard Corona, presidente da Smart Fit
Foto: Divulgação / Estadão

Praticamente sem receitas durante quase dois meses, Corona afirmou que o setor está em estado crítico. De acordo com ele, a rede Smart Fit tinha fôlego financeiro por causa de transações realizadas no passado. No entanto, outras academias do Brasil vivem situação complicada.

"É difícil precisar o que vai acontecer, estimar o impacto. Mas vamos sair muito menores dessa crise. O setor vai sofrer muito", disse Corona, que usou a MP 936 para suspender contratos e afirmou ter mantido todo o quadro de funcionários.

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Estadão
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