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Pressão alta na gravidez apresenta riscos à mulher e ao bebê

5 jun 2012 - 09h24
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A pressão alta é um dos problemas mais comuns entre mulheres gestantes. Embora alguma variação seja normal, principalmente no primeiro trimestre, uma alta mais consistente ou prolongada pode trazer riscos, tanto para a mulher quanto para o bebê.

A pré-eclâmpsia é caracterizada por níveis de pressão iguais ou superiores aos 140 por 90 mg de mercúrio, a partir da 20ª semana de gravidez
A pré-eclâmpsia é caracterizada por níveis de pressão iguais ou superiores aos 140 por 90 mg de mercúrio, a partir da 20ª semana de gravidez
Foto: Dreamstime / Especial para Terra


O aumento da pressão durante a própria gravidez, chamado de pré-eclampsia, é um problema que atinge muitas mulheres e pode ter consequências graves. "Das complicações da gravidez, é uma das mais comuns. E em São Paulo, por exemplo, é uma das causas mais frequentes de morte materna", explica Claudia Gomes Padilla, ginecologista e obstetra da clínica Huntington, especializada em medicina reprodutiva.



Veja a resposta para as dez principais dúvidas a respeito da pressão alta na gravidez.



O que é?

A pré-eclâmpsia é caracterizada por níveis de pressão iguais ou superiores aos 140 por 90 mg de mercúrio, a partir da 20ª semana de gravidez.



Quais são os sintomas?

A mulher pode não ter nenhum sintoma, mas os mais comuns são dor de cabeça, inchaço exagerado, dor na região superior do abdômen e pontos brilhantes na visão.



Como se detecta?

O aumento da pressão é determinado na consulta médica por meio de exame físico e observação do inchaço. O exame de urina é solicitado para verificar o aumento de proteínas na urina e de enzimas do rim.



Quais são os riscos?

A pré-eclâmpsia pode ser classificada como leve ou grave. A leve, com níveis de pressão abaixo de 16/11, tem riscos menores. Na grave, há o risco de eclâmpsia - quadros de convulsão. Nesse caso, há perigo de descolamento de placenta, parto prematuro e mau funcionamento do rim. Pode ainda haver sequela neurológica ou paralisia. "É como se fosse um derrame", explica a médica.



Nos casos mais graves, há risco de morte para a mãe e para o filho, a chamada morte fetal intraútero - em termos técnicos, só é considerado aborto a perda do bebê até a 20ª semana da gestação. A mulher pode virar hipertensa crônica após a gravidez, embora isso seja incomum.



Como é o tratamento?

Por meio de medicamentos para diminuir a pressão e pelo controle dos dados vitais da paciente, que deve fazer as consulta de pré-natal com maior frequência. Se o quadro for grave, pode haver internação.



Quais são os fatores de risco?

Primeira gestação, extremos de idade, antecedentes de pressão alta na família e pacientes obesas são algumas das características das mulheres com maior predisposição para a doença.



Existe prevenção?

Uma dieta pobre em sal e rica em cálcio, aliada a atividade física para evitar engordar, podem ajudar. "São medidas preventivas, que não necessariamente a evitam", afirma a Claudia.



Mulheres hipertensas podem engravidar?

A mulher hipertensa que quer engravidar deve se consultar com o médico para que ele indique uma medicação específica. Nem todos os remédios para a pressão alta podem ser usados durante a gravidez. Uma hipertensa crônica pode ou não apresentar pré-eclâmpsia.



O uso de métodos de fertilização assistida aumentam os riscos?

Não. Mas é comum que as mulheres que recorram a esses métodos já tenham outros fatores de risco associados. É o caso de mulheres com idade mais elevada, aquelas que têm gravidez de múltiplos ou as obesas - característica comum a pacientes com ovários policísticos. Esses grupos têm maior propensão a desenvolver pressão alta.



É normal ter oscilações de pressão durante a gravidez?

O comum é haver queda no primeiro trimestre, voltar ao normal no segundo e subir um pouco no terceiro. "Mas não é uma oscilação muito grande. A paciente pode sentir só um pouco de tontura quando a pressão diminui, no começo", explica a ginecologista.

Fonte: Cross Content
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