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Pretende fazer cirurgia plástica? Veja procedimentos estéticos do momento

Bioestimuladores, radiofrequência e outros procedimentos minimamente invasivos podem dificultar a realização de cirurgias plásticas

28 out 2024 - 06h00
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Resumo
Rejuvenescimento: procedimentos estéticos menos invasivos podem gerar complicações para futuras cirurgias plásticas.
Foto: Freepik

Quando o assunto é rejuvenescimento, logo surge a dúvida: procedimentos estéticos minimamente invasivos ou cirurgia plástica? Claro, não existe uma única resposta, afinal, tudo depende das necessidades de cada pessoa. 

“Se precisamos apenas suavizar alguns vincos ou corrigir uma flacidez leve, os procedimentos estéticos são opções eficazes. Porém, em determinados estágios do envelhecimento cutâneo, quando há excesso de pele e flacidez elevada, a cirurgia plástica é recomendada”, diz a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. 

Dessa forma, o caminho natural, para muitos, é iniciar com procedimentos menos invasivos e, no futuro, apostar na cirurgia plástica. Porém, se há o desejo de realizar uma cirurgia algum dia, é importante tomar cuidado com a realização excessiva desses tratamentos, pois podem causar obstáculos mais para frente. 

“É unânime, entre cirurgiões plásticos, a dificuldade de tratar rostos que realizaram uma grande quantidade de procedimentos. Mas é algo que faz parte da realidade de todo cirurgião de face atualmente, é rotineiro”, diz a médica.

Segundo a especialista, os obstáculos encontrados durante a cirurgia dependem dos procedimentos realizados anteriormente e alguns tendem a atrapalhar mais do que outros, como é o caso dos bioestimuladores de colágeno. 

“Os bioestimuladores de colágeno são substâncias injetáveis que geram uma inflamação controlada que sinaliza ao organismo sobre a necessidade de uma cicatrização no local, resultando assim em produção de colágeno, retração de tecidos e fibrose”, explica Beatriz, que pontua que o problema, para futuras cirurgias, é justamente essa fibrose. “Esse novo tecido fibrosado pode dificultar a dissecção das diferentes camadas da pele, que precisam ser tratadas separadamente. Logo, a cirurgia acaba tornando-se mais demorada e traumática, com mais sangramento e um pós mais complicado. Além disso, é mais difícil de identificar estruturas importantes, então, muitas vezes, precisamos mudar a técnica utilizada no momento da cirurgia para reduzir riscos.”

A cirurgiã plástica acrescenta que os procedimentos baseados em energia (ultrassom microfocado e lasers) que aquecem os tecidos têm um efeito similar, mas com uma capacidade ainda maior de gerar fibrose no local tratado, assim dificultando a realização de cirurgias. “Essa fibrose também é gerada pelos fios de sustentação, principalmente quando eles são inseridos de maneira inapropriada, em uma grande quantidade apenas pela ideia do ‘estímulo de colágeno’. E isso vale, inclusive, para os fios ditos absorvíveis, pois, além de gerarem a fibrose, muitos não são completamente absorvidos pelo organismo, sendo encontrados pelo cirurgião no momento do procedimento”, pontua a médica.

Preenchimentos injetáveis também podem ser um problema, especialmente no caso de substâncias permanentes, como o PMMA, que não é absorvido pelo organismo. “Manipular esses produtos permanentes, mesmos após anos de sua aplicação, pode causar complicações”, diz a médica, que acrescenta que mesmo os preenchedores de ácido hialurônico podem atrapalhar a cirurgia caso o profissional não esteja ciente da presença desse material no local. 

“Por saberem que se trata de uma substância absorvível pelo organismo, os pacientes, muitas vezes, não comunicam sobre a utilização prévia de preenchedores de ácido hialurônico. O problema é que a substância pode permanecer no organismo por algum tempo após o efeito estético ter desaparecido. Então, dependendo do local a ser tratado, pode ser necessário dissolvê-la por meio da aplicação de uma enzima chamada hialuronidase”, pontua ela.

Isso não quer dizer, porém, que você não possa realizar procedimentos estéticos se pretende, no futuro, passar por uma cirurgia plástica. Porém, alguns cuidados devem ser adotados. “É importante evitar a realização excessiva desses procedimentos. O ideal é fazer conforme necessidade e indicação de um médico após uma avaliação. E a escolha do médico também é fundamental, devendo ser um profissional devidamente certificado e experiente para que o tratamento ocorra com as substâncias adequadas e da maneira mais controlada possível, assim evitando a formação de tecido fibroso em excesso”, aconselha ela.

E a escolha de um médico especializado também é indispensável no momento da cirurgia plástica. “Apenas um cirurgião plástico experiente será capaz de adaptar as técnicas e o manuseio dos tecidos de acordo com os procedimentos realizados previamente. Além disso, ele terá o conhecimento necessário para, se for preciso, recalcular a rota durante a cirurgia de forma a evitar complicações e garantir resultados naturais”, recomenda Beatriz Lassance.

Ela alerta ainda sobre a importância de contar ao médico todos os procedimentos já feitos no local que será tratado. “O problema é que muitos pacientes esquecem de citar algum tratamento ou preferem não revelar. Mas hoje temos utilizado, cada vez mais, o ultrassom no pré-operatório para mapear o rosto do paciente, o que nos permite identificar qualquer procedimento prévio e planejar a cirurgia de acordo com as características individuais”, completa.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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