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Progeria: doença do envelhecimento precoce tem cura? Conheça o quadro

Síndrome ganhou destaque nos últimos dias, com a notícia da morte do pesquisador italiano Sammy Basso, aos 28 anos

7 out 2024 - 17h48
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A morte do italiano Sammy Basso, que sofria de síndrome de Hutchinson-Gilford, também conhecida como progeria, levantou diversas dúvidas em relação à doença, que causa um envelhecimento precoce.

Sammy Basso, pessoa com envelhecimento prematuro mais longeva do mundo, morreu aos 28 anos
Sammy Basso, pessoa com envelhecimento prematuro mais longeva do mundo, morreu aos 28 anos
Foto: Reprodução/Instagram @sammybasso / Estadão

Geneticista do Grupo Fleury, Thiago Rodrigues Cavole, explica que existem diversos tipos de progerias capazes de gerar esse envelhecimento. No caso da síndrome de Hutchinson-Gilford, trata-se de uma mutação no gene LMNA.

"Na enorme maioria das vezes, ela não é herdada. Normalmente, a alteração genética acontece inicialmente naquela pessoa, no código genético do paciente, sem histórico familiar", diz. Não há como prever ou evitar a doença e não é comum os exames neonatais trazerem esse rastreio.

Caso alguém com a síndrome venha a ter filhos, os herdeiros têm 50% de chance de apresentar os sintomas. O diagnóstico é feito pela associação dos critérios clínicos, como sinais e sintomas, associados ao exame molecular que comprove uma mutação no gene.

Os principais sintomas são os sinais de envelhecimento, incluindo a pele enrugada e a perda de cabelo, que costumam ser notados nos primeiros anos de vida. É a partir desses sintomas que os pais costumam procurar geneticistas para entender o quadro e se o filho tem uma síndrome progeroide.

Além disso, ocorre um envelhecimento interno em vários órgãos e sistemas, incluindo o sistema osteoarticular e o cardiopulmonar. O neurologista José Luiz Pedroso, do Hospital Israelita Albert Einstein, acrescenta ainda que doenças típicas de pessoas mais idosas, como osteoporose, artrose e catarata, aparecendo em crianças, são sinais da síndrome.

Tratamento

Como não há cura, o tratamento é voltado para cada sintoma, diz Cavole. "Os pacientes têm diminuição de tecido subcutâneo, de gordura, necessitando (de acompanhamento de) um nutricionista; alterações dentárias, como o apinhamento dentário e alteração da dentição, que devem ser acompanhadas com dentistas; muitas manchas na pele, mais fraca e com menos consistência, além da perda de cabelo, tudo isso com um dermatologista, entre outros", elenca.

Outros sinais incluem unhas com formatos diferentes, danificadas ou quebradiças; perda de massa óssea, com alterações na formação dos ossos; perda auditiva; e "uma voz característica sempre muito fina e aguda", conforme o especialista.

Expectativa de vida

A expectativa de vida de pessoas com a mesma síndrome de Sammy Basso costumam viver menos do que o pesquisador italiano, que faleceu aos 28 anos. "Os óbitos normalmente acontecem entre os 6 anos e 20 anos, mais ou menos, com uma faixa média de 14 anos de vida", diz o geneticista.

"A maioria dos pacientes acaba indo a óbito por alterações cardiovasculares, como aterosclerose grave, ou doença cardíaca, como infarto do miocárdio, falência cardíaca ou AVC", acrescenta.

Porém o futuro pode ser diferente. "Como hoje temos uma facilidade maior de acesso aos cuidados médicos multiprofissionais, estabelecer medidas preventivas para o futuro, como reabilitação, fisioterapia, fonoterapia, medidas de suporte nutricional, entre outros, tende a aumentar a expectativa de vida do paciente", ressalta o neurologista.

Sammy Basso, pessoa com envelhecimento prematuro mais longeva do mundo, morreu aos 28 anos
Sammy Basso, pessoa com envelhecimento prematuro mais longeva do mundo, morreu aos 28 anos
Foto: Reprodução/Instagram @sammybasso / Estadão
Estadão
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