Protetor solar pode causar conjuntivite, mas não deve deixar de ser usado
Em contato com os olhos, o protetor solar pode causar alergias e inflamações, levando a um quadro de conjuntivite
Estamos na estação mais quente do ano, o que quer dizer que as altas temperaturas e a exposição solar raramente devem dar uma trégua. Nesse contexto, o uso de protetor solar é ainda mais importante, visto que ele deve ser utilizado o ano inteiro. Porém, ao aplicar o produto no rosto é preciso ter cautela para não acabar com uma conjuntivite.
A médica oftalmologista Dra. Maria Regina Chalita, do CBV - Hospital de Olhos, explica que o produto solar em contato com os olhos pode levar à conjuntivite. Segundo ela, produtos dermatológicos, filtros solares e maquiagem podem causar conjuntivite alérgica quando o indivíduo apresenta reação a algum dos componentes da fórmula.
"Isto geralmente ocorre após o uso do produto, deixando a região inchada e avermelhada, os olhos vermelhos e muitas vezes o paciente refere coceira e descamação da pele na região afetada", afirma.
Como prevenir a conjuntivite sem deixar de se proteger do sol
No entanto, isso não significa que podemos deixar a proteção solar de lado. Afinal, o protetor é um grande aliado na prevenção do câncer de pele e também do envelhecimento precoce das células.
Para evitar inflamações e continuar usando o protetor solar, devemos sempre dar preferência a produtos de boa qualidade - aqueles dermatologicamente e oftalmologicamente testados.
Após utilizar o produto, é preciso observar se há algum tipo de reação ou irritação. "Caso haja, devemos testar outro produto. As formulações dos protetores solares são diferentes e com certeza encontraremos um que irá se adequar a cada pessoa", destaca Maria Regina.
Além disso, a oftalmologista destaca que, ao apresentar uma conjuntivite tóxica, é imprescindível suspender o uso de qualquer substância ao redor dos olhos e procurar um oftalmologista para o tratamento adequado.
A médica lembra que, há alguns meses, houve casos de conjuntivite química severa por uso de um creme capilar que, ao escorrer para os olhos, causou queimadura química em várias pessoas. "Sempre antes de utilizar produtos cosméticos devemos observar se os mesmos têm registro na ANVISA e se foram dermatologicamente e oftalmologicamente testados", reforça.