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Quais são os riscos de misturar energético com álcool?

Aumento de casos de dependência e efeito prolongado do estado alcoolizado estão entre as consequências da ação

13 fev 2024 - 10h41
(atualizado às 12h41)
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Álcool e energético
Álcool e energético
Foto: Divulgação

Com o Carnaval a pleno vapor, o consumo de bebidas alcoólicas aumenta e muito. Quando há exagero, a pessoa pode vomitar, sentir bastante dor de cabeça e desidratação, além de ficar com dor no corpo e estômago. 

Para aguentar a folia com muita energia é comum que as pessoas misturem energético com álcool. Mas será que existem riscos envolvidos nesta ação?

Segundo uma pesquisa feita pelo Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), essa mistura pode causar episódios de binge drinking, ou seja, aumento dos casos de dependência de álcool.

Os dados da pesquisa indicam que as chances de vício ocorrem três vezes mais com quem mistura álcool e energético frequentemente. 

A quantidade do consumo corresponde a pelo menos 60g de álcool puro em um período de até 2h. Levando em consideração as variáveis, essa quantidade equivale a cinco ou seis doses de álcool, de acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera 10g de etanol puro como dose padrão.

Maria Lúcia Oliveira de Souza Formigoni, professora do Departamento de Psicobiologia da Unifesp que esteve a frente do trabalho, ainda explicou que quando a pessoa faz mistura as duas bebidas, sente os efeitos estimulantes do álcool por mais tempo.

"As bebidas alcoólicas têm um efeito bifásico. A primeira fase é uma sensação de estimulação, de euforia. O segundo momento tem um efeito mais depressor. O energético mascara essa sensação de sono, e o indivíduo fica em alerta", diz a pesquisadora.

Ou seja, esta ação faz com que a pessoa fique com uma falsa impressão de que não está assim tão bêbada e pense em consumir ainda mais bebidas alcoólicas.

Risco para o coração

Em entrevista recente ao Terra, Daniel Setta, coordenador da Linha de Cuidado de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) do Hospital Pró-Cardíaco, da rede Americas, ainda faz outro alerta: misturar bebida alcoólica com energético pode impactar diretamente na saúde cardiovascular.

"Uma latinha contém, em média, 70mg de cafeína, o que equivale entre três e quatro xícaras de café. Associada a outros componentes das bebidas, levam à liberação de adrenalina e noradrenalina, que propiciam o aumento não só da frequência cardíaca e da pressão arterial, como também podem causar espasmo dos vasos sanguíneos do coração, resultando em um infarto agudo do miocárdio", explica o médico.

Essa combinação também pode causar aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Ainda de acordo com Daniel, portadoras de cardiopatias, por exemplo, apresentam riscos ainda mais elevados.

"Quando misturado a energéticos e outras substâncias, seus riscos podem causar desidratação, alterações do comportamento, tonturas, vertigens, coma, arritmias e de compensação de doenças cardiovasculares, levando a quadros extremos como infarto e insuficiência cardíaca", explica o médico. 

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Fonte: Redação Terra Você
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