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Quase 90% dos brasileiros lamenta ter começado a fumar

Preocupação com a saúde e vontade de dar exemplo aos filhos são algumas das razões para abandonar o cigarro

30 mai 2014 - 16h32
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<p>Entre os fumantes entrevistados, 69% têm uma opinião negativa sobre o tabagismo</p>
Entre os fumantes entrevistados, 69% têm uma opinião negativa sobre o tabagismo
Foto: Getty Images

Os resultados da Pesquisa Internacional de Tabagismo (ITC) mostram que quase 90% dos fumantes brasileiros lamentam ter aderido ao hábito, com mais da metade (54%) relatando um alto grau de dependência da nicotina. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira (30), em um evento que marcou a celebração do Dia Mundial sem Tabaco, na sede da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), em Brasília.

Entre os destaques da pesquisa, está o fato de que 69% dos fumantes acreditam que a sociedade brasileira desaprova o tabagismo e têm uma opinião negativa sobre o hábito. O estudo também mostra que o consumo diário de cigarros é relativamente alto nas três cidades brasileiras pesquisadas (Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre), com um número médio de 17 cigarros por dia.

A vontade de parar de fumar é algo comum à maioria dos tabagistas, com 80% dos entrevistados entre 2012 e 2013 admitindo que tentaram abandonar o vício. Entre os motivos mais citados estão a preocupação com a saúde e com o efeito da fumaça aos não fumantes, a vontade de dar exemplo para os filhos e as advertências sanitárias nos maços de cigarros.Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria dos fumantes (90%) apoia a proibição total do fumo em locais públicos fechados. 

A pesquisa mostrou também que a elevação dos impostos, e consequentemente do preço final do cigarro para o consumidor, é uma política eficaz no combate ao vício. Os dados mostram que os cigarros se tornaram economicamente menos acessíveis entre 2009 e 2013, com uma redução média de consumo anual de 2%. Metade dos fumantes entrevistados pensou em parar de fumar ou diminuir a quantidade de cigarros para economizar.

O ITC foi coordenado pela Universidade de Waterloo, no Canadá, em 20 países. No Brasil, a pesquisa foi feita pela Secretaria Executiva da Comissão Nacional de Implementação da Convenção-Quadro (Conicq/ Instituto Nacional de Câncer), com a parceria da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), da Fundação do Câncer, do Centro de Estudos do Tabaco e Saúde (Cetab/Fiocruz) e da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT).

Fonte: Terra
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