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Reabilitação pós-AVC: a importância do tratamento das sequelas do episódio

Com implicações em 1 a cada 3 casos, a espasticidade pode ser tratada a partir de um encaminhamento precoce

1 mar 2024 - 12h47
(atualizado às 16h53)
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Um encaminhamento assertivo traz impacto significativo na retomada da autonomia da pessoa acometida pela espasticidade
Um encaminhamento assertivo traz impacto significativo na retomada da autonomia da pessoa acometida pela espasticidade
Foto: Divulgação/ABBVIE / Estadão

Apesar de comuns, algumas consequências do Acidente Vascular Cerebral (AVC), como rigidez, espasmos ou atrofias,  não são o fim para o paciente que passou por elas. Essas sequelas podem ser tratadas a partir de um encaminhamento assertivo do paciente, o que traz um  impacto significativo na retomada da autonomia dessa pessoa, que deve ser seguida de um acompanhamento por uma rede de especialistas.

Caracterizada pelo aumento involuntário e anormal da contração dos músculos, a  espasticidade é uma sequela comum no AVC, estando presente em até 30% dos casos. O médico fisiatra e presidente da Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação, Eduardo Melo, esclarece que a condição geralmente se manifesta de dois a seis meses após o evento. "Ela pode deteriorar significativamente a qualidade de vida da pessoa, aumentando o risco de quedas, reduzindo sua atividade física, intensificando a dor e quadruplicando as chances de um novo AVC", complementa.

Um encaminhamento assertivo e uma intervenção precoce podem melhorar significativamente a eficácia da recuperação, restaurando parte ou até mesmo toda a funcionalidade corporal perdida, de acordo com o caso. "Os melhores resultados são alcançados quando a reabilitação é iniciada nos primeiros seis meses após o AVC. No Brasil, contudo, o tempo médio para o início da reabilitação é de 20 a 22 meses, principalmente devido à falta de informação", afirma o fisiatra.

Nove anos depois, Julia terminou a faculdade de medicina e se prepara para entrar na residência em neurologia. Ela ainda convive com a condição, mesmo que controlada, e passa por desafios com a afasia, outra consequência trazida pelo episódio.

Seu dia a dia é com fonoaudióloga duas vezes por semana, além da fisioterapia e psicoterapia. Além disso, Julia se exercita diariamente na academia.

"Já passei por várias fases, e o meu desafio atual é ainda não falar como eu gostaria, além da minha mão direita que não tem movimento. É preciso dedicação, tempo e paciência, porque os exercícios são repetitivos e cansativos. Mas os resultados aparecem", finaliza.

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Código: BR-ABBV-240121 Mar/24

Estadão
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