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'Relação oral íntima me causou câncer', revela jornalista

Britânico Max Channon diz que se sente sortudo apesar do diagnóstico de câncer na garganta: 'Me diverti demais para ter arrependimentos'

11 set 2024 - 12h08
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Max Channon em seu primeiro dia de quimiorradioterapia
Max Channon em seu primeiro dia de quimiorradioterapia
Foto: Reprodução/Max Channon

O jornalista britânico Max Channon fez uma revelação surpreendente sobre sua própria experiência com câncer. Em um relato recente publicado no Daily Express, Channon abordou como o câncer oral relacionado ao HPV (vírus do papiloma humano) impactou sua vida, destacando a importância de aumentar a conscientização sobre o tema.

Max Channon, que sofreu de carcinoma espinocelular oral positivo para HPV16 na amígdala, contou que se viu obrigado a compartilhar sua experiência pessoal. Channon ainda admitiu que revelar detalhes íntimos de sua vida foi um grande desafio.

“Para a maioria das pessoas, o HPV é uma infecção silenciosa que o sistema imunológico consegue controlar. No entanto, no meu caso, o HPV se instalou permanentemente, resultando em câncer”, explicou Channon.

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, estima-se que haja entre 9 e 10 milhões de pessoas infectadas pelo HPV e que surjam 700 mil novos casos de infecção por ano. Estudos indicam que cerca de 80% da população sexualmente ativa deve ser infectada pelo vírus em algum momento de sua vida.

Embora a maioria das infecções seja assintomática e resolva-se naturalmente, algumas podem levar a cânceres graves se não forem tratadas.

Max conta que não tem arrependimentos
Max conta que não tem arrependimentos
Foto: Reprodução/Max Channon

Channon observou que a descoberta de seu câncer ocorreu em um momento em que ele ainda se recuperava do tratamento. 

“O HPV decidiu não desaparecer quando passou pelos meus lábios. Em vez disso, estabeleceu residência permanente na minha amígdala esquerda. E, não satisfeito em ocupar meu pescoço por décadas, o meu inquilino secreto começou a remodelar as células”, disse o jornalista.

No entanto, Channon afirma que não mudaria seus hábitos se pudesse voltar no tempo.  

“Tenho certeza de que fumar por 30 anos, frequentar festas ocasionais e beber um copo (ou três) de whisky de vez em quando não ajudou. No entanto, se a ciência afirma que foi o sexo oral, e não o hedonismo, que me causou o câncer, quem sou eu para discordar? [...] Se pudesse voltar no tempo, provavelmente não mudaria nada. Me diverti demais para ter arrependimentos”, declarou.

Felizmente, após menos de um ano, ele conseguiu superar a doença e está atualmente livre do câncer. No entanto, ele enfatizou que a conscientização sobre os riscos do HPV é crucial.

Ele finalizou o tratamento em dezembro de 2023
Ele finalizou o tratamento em dezembro de 2023
Foto: Reprodução/Max Channon

"Me sinto muito sortudo"

“Embora o cunnilingus tenha me dado câncer — e o tratamento brutal que me curou quase me quebrou —, me sinto muito sortudo. Para muitas pessoas, lutar contra o câncer leva anos. Tendo perdido minha mãe para o câncer de bexiga há mais de uma década, sei muito bem que um resultado tão positivo quanto o meu está longe de ser garantido”, afirmou.

Vacinar-se contra o HPV é a medida mais eficaz de se prevenir contra a infecção. No Brasil, a vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS para:

  • Meninas e meninos de 9 a 14 anos, com esquema de dose única;
  • Mulheres e homens que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos, com esquema de três doses independentemente da idade, aplicadas aos 0 – 2 – 6 meses (segunda dose dois meses após a primeira e terceira 6 meses após a primeira dose);
  • Vítimas de abuso sexual, imunocompetentes, de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham tomado a vacina HPV ou estejam com esquema incompleto, com esquema de 2 doses para as pessoas de 9 a 14 anos e 3 doses para as pessoas de 15 a 45 anos;
  • Usuários de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de HIV, com idade de 15 a 45 anos, que não tenham tomado a vacina HPV ou estejam com esquema incompleto (de acordo com esquema preconizado para idade ou situação especial), com esquema de 3 doses.
  • Pacientes portadores de Papilomatose Respiratória Recorrente/PRR a partir de 2 anos de idade.

A vacina não previne infecções por todos os tipos de HPV, mas é dirigida para os tipos mais frequentes: 6, 11, 16 e 18.

O usuário de PrEP e a pessoa vivendo com HIV/aids (PVHA) pode se vacinar contra o HPV em qualquer sala de vacina pública (posto de vacinação, CRIE, Serviço de Atendimento/SAE, Centro de Testagem e Acolhimento), desde que apresente qualquer tipo de comprovação de que faz PrEP ou tratamento com antirretrovirais (TARV).  

Fonte: Redação Terra Você
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