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São Paulo tem dia D contra sarampo neste sábado; veja onde tomar vacina

Campanha tem como foco jovens entre 15 e 29 anos; todas as 464 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade vão funcionar nas 8h às 17h

28 jun 2019 - 13h23
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SÃO PAULO - A cidade de São Paulo terá o dia D de vacinação contra o sarampo neste sábado, 29, quando as 464 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade vão funcionar nas 8h às 17h. Os jovens são o foco da mobilização, que tem como objetivo imunizar pessoas entre 15 e 29 anos contra a doença. A capital iniciou uma campanha para vacinar pessoas dessa faixa etária no último dia 10.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, há de 2,9 milhões de pessoas dentro do público-alvo da campanha, mas, até o último dia 27, somente 24.380 jovens compareceram aos postos de vacinação. A meta é vacinar 95% dos jovens. Além das UBSs, a vacina será aplicada em postos volantes. A lista está disponível aqui.

O público da campanha tem relação com a menor chance de ter tomado as duas doses da vacina, de acordo com Maria Lígia Nerger, coordenadora do Programa Municipal de Imunizações (PMI) da secretaria.

"A introdução da segunda dose ocorreu em 2004. Quando verificamos a ocorrência no Brasil, em 2018, e a distribuição dos casos, cerca de 43% foi na população de 15 a 29 anos. É preciso vacinar o maior número de pessoas para não contaminar as crianças que ainda não estão vacinadas."

O sarampo é uma doença grave, contagiosa e que pode levar à morte, principalmente quando crianças menores de 1 ano são infectadas.

No ano passado, um surto da doença atingiu os Estados do Amazonas e de Roraima, mas também foram registrados casos Pará, no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro, em Pernambuco, em Sergipe, na Bahia, em Rondônia, no Distrito Federal e em São Paulo, onde foram contabilizados três casos. Foram mais de 10 mil casos de sarampo no País em 2018.

"Em 2019, foram 123 casos confirmados no Brasil, até 15 de junho. Na capital paulista, há 32 casos confirmados de sarampo, sendo oito importados e 24 em fase de investigação quanto ao provável local de infecção. Não há registros de morte causada por sarampo na cidade", diz a secretaria.

A vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, deve ser tomada por crianças aos 12 e aos 15 meses. A efetiva proteção contra o sarampo ocorre quando a pessoa toma duas doses da vacina ao longo da vida.

A Secretaria Municipal da Saúde informou que, em 2018, a cobertura vacinal da primeira dose, na população com 1 ano de idade, foi de 95,66%. No primeiro quadrimestre deste ano, foi de 101%. A de segunda dose, foi de 44,10% e de 79,67%, respectivamente. " Em 2018, o município de São Paulo realizou a campanha de vacinação contra o sarampo voltada para a população entre 1 e 4 anos idade e atingiu 95,6% de cobertura vacinal, acima da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde", diz a pasta.

Quando há casos suspeitos da doença, são realizadas ações de bloqueio, com a vacinação da população da região e demais locais por onde a pessoa pode ter circulado. Até o dia 8 de junho, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA) realizou 259 ações de bloqueio de sarampo na cidade.

Sarampo pelo mundo

O sarampo não está circulando apenas no Brasil. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já emitiu alertas sobre a doença, que está em circulação em países da Europa e já teve registros nos Estados Unidos.

"O ressurgimento do sarampo nos últimos anos é um fenômeno global. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que, até o final de março de 2019, 170 países haviam notificado 112.163 casos de sarampo à Organização. No mesmo período do ano passado, foram 28.124 ocorrências da doença em 163 nações. Mundialmente, isso significa um aumento de quase 300%. Na Europa, mais de 41 mil pessoas foram infectadas nos primeiros seis meses deste ano, ultrapassando o total registrado ao longo dos últimos anos desta década. Em abril de 2019, a cidade de Nova York chegou a entrar em alerta contra o sarampo após ter registrado 285 casos no período de seis meses", informou a secretaria.

Perguntas e respostas sobre o sarampo

O que é o sarampo?

É uma doença infecciosa viral, grave e que pode levar à morte, principalmente de crianças com menos de 1 ano de idade.

Como ocorre a transmissão do sarampo?

Por meio de secreções expelidas na tosse, espirro, fala e até na respiração. O vírus é transmitido entre quatro e seis dias antes ou depois do aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo, mas o período em que a pessoa mais transmite a doença é dois dias antes e dois dias depois do aparecimento desse sintoma.

Quais os sintomas da doença?

Os sintomas do sarampo são febre alta, acima de 38,5°C, exantema (erupções cutâneas vermelhas), tosse, coriza, conjuntivite e manchas brancas que aparecem na mucosa bucal de um a dois dias antes do aparecimento do exantema.

O sarampo pode matar?

Sim. Complicações infecciosas decorrentes do sarampo podem levar à morte, particularmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano de idade.

Qual é a forma de prevenção?

Como é uma doença extremamente contagiosa, a única forma de se prevenir é com a vacinação, que deve ser aplicada em duas doses: uma aos 12 meses e a outra, aos 15 meses. Crianças de 5 anos a 9 anos de idade que não foram vacinadas devem tomar duas doses da vacina. Pessoas de 10 a 29 anos devem tomar duas doses das vacina. Quem tem entre 30 e 49 anos, só precisa tomar uma dose da vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola).

Adultos estão livres da doença?

Não. E adultos na faixa de 30 anos devem, especialmente, ficar atentos. Isso porque, no passado, a vacinação era feita aos 9 meses e em apenas uma dose. Portanto, eles devem procurar o serviço de saúde para atualizar a caderneta de vacinação. Quem desconhece sua situação vacinal, pode se vacinar de novo. A imunização não vai causar problemas de saúde e vai dar certeza sobre a proteção contra a doença.

Por que a cobertura está baixa?

Segundo especialistas e autoridades ligadas à saúde, há baixa adesão da população às campanhas. Eles apontam como motivo a falsa sensação de que o problema estava erradicado.

Quem não deve se vacinar?

Gestantes, crianças com menos de 6 meses e imunocomprometidos não devem receber a dose. A gestante deve esperar para ser vacinada após o parto. A vacina também não é recomendada em casos suspeitos de sarampo.

Como é feito o tratamento para o sarampo?

Não existe tratamento específico para o sarampo. Crianças com a doença costumam receber vitamina A para reduzir a possibilidade de evolução para casos graves e fatais. O tratamento preventivo com antibiótico é contraindicado. Algumas crianças precisam de quatro a oito semanas para recuperar o estado nutricional que tinham antes da infecção pela doença.

Estadão
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