Câncer bucal pode ser prevenido
A prevenção do câncer virou assunto do momento depois que a atriz Angelina Jolie resolveu retirar as duas mamas para reduzir suas chances de ter a doença. Infelizmente, ao se tratar de câncer bucal, a melhor maneira de prevenir ainda é mudar hábitos que elevam os riscos de desenvolver a doença.
O câncer de boca acomete mais homens acima dos 40 anos, e os fatores de risco são o consumo regular de álcool, tabaco, hpv e radiação solar. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas. “Estima-se que beber 300 mL de bebida alcoólica por semana aumente de três a cinco vezes o risco de câncer de boca”, diz o oncologista Artur Malzyner, consultor científico da CLINONCO e médico do Hospital Israelita Albert Einstein.
Além destes fatores, observa-se em pacientes com câncer de boca uma higiene bucal deficiente e uma dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais e rica em gorduras. “O consumo de uma fruta por dia reduz pela metade o risco de câncer”, afirma Malzyner.
Diagnóstico precoce
Se diagnosticado precocemente, as chances de cura do câncer bucal são de 60% em média. Quando a doença é descoberta em estado adiantado, esse número cai para 30%. Segundo o especialista, frequentar o dentista regularmente – de seis em seis meses ou anualmente – é a melhor forma de prevenir o câncer na cavidade oral.
Para ele, o dentista é o maior diagnosticador de câncer precoce de boca, uma vez que tem acesso às alterações da boca muito antes de os sintomas aparecerem. “O dentista é um grande parceiro do oncologista no diagnóstico precoce, prevenção e tratamento do câncer”, constata.
Hora de mudar hábitos
- Não fume
- Não consuma bebidas alcoólicas regularmente
- Faça exames bucais regulares com dentistas
- Tenha alimentação equilibrada, com, pelo menos, uma fruta por dia
- Redobre cuidados com higiene oral
Fique de olho
A cirurgiã-dentista, Fernanda Gonnelli, especialista em Estomatologia lembra que qualquer tipo de lesão traumática, feridas ou aftas que persistam por mais de 15 dias na cavidade oral devem ser examinadas e, se o profissional julgar necessário, a biopsia deve ser realizada.