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Da China? Conheça a história da pasta e da escova de dente

Antigamente os dentes eram limpos com galhos ou folhas de árvores e como cremes dentais era usado uma mistura de flores esmagadas e pimenta

3 jun 2015 - 08h00
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Não é novidade que a escovação e o uso de cremes dentais fluoretados são importantes para manter a saúde bucal. Mas você já se perguntou quando, onde e como surgiram as escovas e as pastas de dente? 

No ano passado, pesquisadores encontraram em uma tumba egípcia de cinco mil anos um instrumento parecido com uma escova de dente. “Era mais um ramo de planta que teve a sua extremidade toda desfiada até que as fibras funcionassem como cerdas”, diz Sandra Lipas Stuarbell, cirurgiã-dentista e pesquisadora. 

Em 1930, com a descoberta do náilon, as cerdas das escovas passaram a ser feitas com esse material. “O material não agredia a gengiva e tornava o hábito de escovar o dente menos dolorido”, diz a especialista
Em 1930, com a descoberta do náilon, as cerdas das escovas passaram a ser feitas com esse material. “O material não agredia a gengiva e tornava o hábito de escovar o dente menos dolorido”, diz a especialista
Foto: ocram / Shutterstock

Mas manuscritos indicam que antes disso já havia a preocupação com a limpeza dos dentes, segundo a especialista. “Alguns povos mais antigos usavam galhos, folhas de árvores e penas para essa função. Outros, pequenas lascas de madeiras entendidas como ‘palitos’ e há até os que usavam as próprias mãos para fazer a higienização bucal”, diz Sandra. 

Foi somente em 1490 que a primeira escova de dente foi inventada. O instrumento, criado pelos chineses, tinha uma haste de bambu ou osso e pêlos de porco ou cavalo que faziam a função das cerdas. “Mas não deu muito certo, porque era muita cara, machucava a boca das pessoas e acabavam mofando e estragando rápido”, diz Sandra.  

Mesmo sem muito sucesso, foi a partir desse modelo que as demais escovas de dente foram surgindo. Em 1930, com a descoberta do náilon, as cerdas das escovas passaram a ser feitas com esse material, o que mudou a forma de encarar a higiene bucal. “O material não agredia a gengiva e tornava o hábito de escovar o dente menos dolorido”, diz a especialista. 

Pastas de dentes

Já no caso das pastas de dente, os primeiros registros de algo criado com função similar são do século IV antes de Cristo. Acredita-se que, nessa época, as pastas eram feitas de flores esmagadas, pimenta, sal e folhas de menta. 

“Já outros manuscritos mostram que alguns povos usavam cinzas de osso de boi, pó de arroz e cascas de ovos para passar nos dentes”, diz Sandra. 

Muito tempo depois, na Inglaterra, em meados do século XVIII, químicos desenvolveram um creme mais parecido com as pastas que conhecemos hoje. “Eram usados pó de porcelana, sal, tijolo e até carvão vegetal para produzir produtos que eram extremamente abrasivas para o esmalte dental”, diz a especialista. 

Foi o dentista americano Washington Sheffield, em 1850, que desenvolveu a primeira pasta de dente de fato. “Ele inventou um pó para limpar os dentes feito de giz e sal que se tornou muito popular no país, naquela época. A idéia teve uma sacada ainda melhor quando o filho de Sheffield criou um tubo flexível para armazenar o produto fabricado pelo pai”, diz Sandra. 

A invenção foi tão bem-sucedida que, mais tarde, foi aproveitada pela Colgate & Company, que lançou sua marca em 1896 com o nome de Colgate Ribbon Dental Cream. Mas o grande avanço das pastas de dente aconteceu em 1955, quando a empresa Procter & Gamble (P&G) criou uma pasta de dente com flúor, fazendo o seu produto se tornar o primeiro da história a ser reconhecido no combate contra a cárie. 

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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