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Enxaguante já foi usado como pós-barba e anticaspa

Dentista conta a história de como o produto foi inventado e para que era usado antes de ser recomendado pelos dentistas como produto oral

10 set 2015 - 08h00
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É sempre divertido imaginar como um produto foi inventado. Como alguém criou a primeira escova de dente ou resolveu passar um fio dental entre os dentes, por exemplo. Desse universo de saúde bucal, o que se sabe é que, no caso do enxaguante, já era um item cobiçado por tribos antigas que faziam bochecho com plantas e substâncias, pois acreditava-se que preveniam cáries, formação de placa bacteriana e halitose.

“O primeiro enxaguante bucal da história foi formulado em 1879, pelos médicos norte-americanos Joseph Lawrence e Jordan Lambert”, conta a dentista Kamila Godoy. A primeira versão do produto tinha mais de 20% de álcool em sua composição, e era usada como antisséptico em procedimentos cirúrgicos. “Além de antisséptica, a substância foi comercializada como loção anticaspa, pós-barba, desodorante e até produto de limpeza para o chão durante os primeiros anos após sua criação”, diz a dentista.

Kamila conta que só em 1895 a substância começou a ser recomendada como enxaguante bucal para eliminar microrganismos da boca e, em 1914, começou a ser comercializada como a solução para “halitose crônica”, o que resultou em sucesso absoluto do produto nos Estados Unidos e início de sua exportação para o mundo.

Os enxaguantes fluoretados são um aliado para complementar a escovação
Os enxaguantes fluoretados são um aliado para complementar a escovação
Foto: micro10x / Shutterstock

“Em 1987, o antisséptico tornou-se o primeiro medicamento sem prescrição médica a ter eficácia reconhecida pela American Dental Association (Associação Americana de Dentistas). Nesse mesmo ano, o produto chegou ao Brasil, onde rapidamente conquistou os consumidores”, conta a dentista. 

E apesar de o produto estar no dia a dia da população, é bom lembrar que ele deve ser usado com orientação de seu dentista, além de ser necessário ficar atento à composição da substância. “A maioria das soluções é formada por antissépticos ou contém álcool, o que as tornam prejudiciais à saúde oral. Antissépticos são indicados para casos específicos, como cirurgias e infecções, e devem ser usados sob orientação profissional. O álcool, por sua vez, pode causar descamação das células da mucosa oral”, alerta Kamila.

Segundo a especialista, o enxaguante fluoretado pode ser usado diariamente sem riscos. “O flúor é um importante elemento para a manutenção da saúde bucal e deve ser utilizado em quantidades suficientes durante a escovação, podendo atingir a quantidade ideal com o uso do enxaguante”.

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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