Fez clareamento e sofreu com a sensibilidade? Perca o trauma
Com um exame clínico criterioso, aliado ao conhecimento das técnicas e produtos de clareamento dental, o dentista reduz a probabilidade de sensibilidade dental
A sensibilidade é um dos efeitos adversos mais comuns do clareamento dental. Por isso, se não houver um diagnóstico criterioso e nem a correta indicação do tratamento, esse procedimento pode causar transtornos ainda maiores, como reações alérgicas e inflamatórias. Mas não se assuste, é possível alcançar o sucesso desejado sem traumas.
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Enxaguante pode clarear os dentes e tratar sensibilidade
“A sensibilidade pode ser causada por diversos fatores, como a própria sensibilidade ao material clareador, presença de trincas nos dentes, dentina exposta (pelo desgaste do dente, cárie ou erosão dental), exposiçãoexcessiva ao produto clareador,etc”, diz Patrícia de Freitas, vice-coordenadora do laboratório de Laser em Odontologia da Faculdade de Odontologia da USP. Quando isso acontece o tratamento deve ser interrompido ou alterado pelo profissional, que vai reavaliar a concentração do produto, a frequência ou o tempo de aplicação.
Cuidados pré-tratamento
Para evitar esses problemas, os cuidados devem começar antes mesmo da primeira aplicação. “Para clarear os dentes, é necessário um exame clínico e radiográfico que verificam a presença e o estado das restaurações, ausências de cáries e inflamações gengivais, diagnóstico do tipo de manchas e história prévia de sensibilidade dental do paciente”, diz a especialista.
Por isso, aqueles pacientes que já tiveram problemas devem relatar o acontecido para que o profissional complemente sua avaliação clínica e opte pelo tratamento ideal, evitando ou minimizando a possibilidade de nova sensibilidade dental.
Limitações e tratamentos especiais
Porém, há algumas limitações para a indicação desse tipo de tratamento. Por exemplo, gestantes, pacientes com histórico de alergia aos materiais clareadores ou com histórico de dentes hipersensíveis, pessoas com manchas severas e crianças e jovens com idade inferior a 16 anos são indivíduos que precisam ter seus casos avaliados com mais cuidado. “O resultado positivo do tratamento clareador está vinculado, principalmente, à correta indicação”, diz Patrícia.
Mas isso não quer dizer que essas pessoas não possam clarear seus dentes. Podem, mas seus tratamentos vão precisar ser mais específicos e personalizados. “Pacientes com alto grau de mancha, por exemplo, podem necessitar de mais sessões clínicas. Ou ainda, de acordo com a avaliação prévia, o profissional pode achar mais benéfico e necessário realizar restaurações em resina ou cerâmica para reestabelecer a estética”, diz a especialista.
Outro exemplo são os pacientes que fumam ou ingerem comidas e bebidas muito pigmentadas (chá, café, vinho, etc). No caso deles, o retoque terá que ser feito em um tempo mais curto do que o normal.