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Hipnodontia é salvação para quem sofre de fobia de dentista

Técnica que leva o paciente a um relaxamento profundo é indicada para controlar a ansiedade antes e durante procedimento odontológicos

27 dez 2016 - 08h00
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A Hipnodontia é quando a hipnose é aplicada na odontologia principalmente para controlar a ansiedade do paciente no pré-atendimento clínico ou cirúrgico, assim como para realizar a anestesia fornecendo maior conforto durante as consultas. Apesar de ainda ser visto com muito preconceito, esse método tem ganhado cada vez mais adeptos e aqui no Brasil está cada dia mais popular. 

A técnica é super indicada para quem sofre de fobia de dentista ou de qualquer ferramenta ou objeto relacionado com a odontologia e outras áreas da saúde como sangue, agulha, anestesia, dor, ambiente, cadeira e etc
A técnica é super indicada para quem sofre de fobia de dentista ou de qualquer ferramenta ou objeto relacionado com a odontologia e outras áreas da saúde como sangue, agulha, anestesia, dor, ambiente, cadeira e etc
Foto: Maridav / Shutterstock

Para começar, é preciso desfazer alguns mitos. Ao contrário do que se pensa, durante a Hipnodontia o paciente não dorme, ele apenas entra em um estado alterado de consciência entre a vigília e o sono. 

“O senso crítico é afastado e a frequência cerebral diminuída. Desta forma, o paciente é beneficiado por um relaxamento profundo, enquanto o profissional realiza os procedimentos necessários”, diz Diego Hildberger, cirurgião-dentista, hipnólogo e Membro da American Board of Hypnotherapy Nevada/USA.

A técnica é super indicada para quem sofre de fobia de dentista ou de qualquer ferramenta ou objeto relacionado com a odontologia e outras áreas da saúde como sangue, agulha, anestesia, dor, ambiente, cadeira e etc. Mas ela não é uma técnica restrita a isso, não. Dentro da odontologia, a hipnose pode ser utilizada em qualquer área ou especialidade. 

“Ela tem sido bastante aplicada para ressignificar traumas, eliminar o incômodo do barulho do motorzinho, como anestesia em procedimentos clínicos e cirúrgicos, controle de hemorragias e salivação, no controle do estresse em pacientes com bruxismo ou com algum problema de disfunção temporo-mandibular (DTM), recuperação pós-operatória, potencialização do sistema imunológico do paciente e redução das tensões do cirurgião-dentista”, diz o especialista. 

Economia de tempo e dinheiro

A prática, que é reconhecida oficialmente pelo Conselho Federal de Odontologia, é dotada de métodos e técnicas que propiciam aumento da eficácia terapêutica em todas as especialidades da odontologia sem necessitar de alguns recursos adicionais como medicamentos ou instrumentos, sendo necessários apenas comandos de voz.

“Ao contrário do que muito profissional da área de saúde imagina, o uso de técnicas de hipnose, quando bem aplicadas, podem ter efeito mais rápido do que o uso de analgésicos e fármacos convencionais, economizando tempo clínico”, diz Diego. 

Vínculo e confiança

Segundo o especialista, para o sucesso da técnica, os aspectos emocionais e psicológicos do paciente também devem ser considerados. “Estabelecer um vínculo de confiança entre o profissional e o paciente é fundamental. Saber escutar e fazer uso de palavras apropriadas são habilidades e qualidades que os hipnólogos devem ter para criação desse vínculo”, diz o Diego.

Pacientes resistentes?

Sempre que o assunto hipnose vem à tona, é comum escutarmos que existem pessoas que não “caem” nessa ou que são resistentes. Segundo Diego, não existe paciente resistente a hipnose. 

“O que existe é vínculo de confiança entre paciente e profissional não estabelecido direito. Hipnose não é mágica, é uma técnica e para que ocorra com eficácia o paciente precisa estar colaborativo e confiante no profissional que deve passar segurança e tranquilidade”, diz o especialista. 

Ainda segundo Diego, os mais emotivos como artistas, músicos, escritores e etc entram em transe com maior facilidade, mas a forma como a hipnose acontece pode variar bastante de pessoa para pessoa. 

“Nem todo mundo entra em hipnose da mesma maneira, é importante saber identificar qual a melhor forma de levar o paciente ao transe hipnótico, alguns entrarão com ordens diretas ou comandos mais paternalistas (hipnose clássica), outros com sugestões indiretas ou comandos mais maternais (hipnose ericksoniana)”, diz Diego.  

Pessoas com a doença de Parkinson ou Alzheimer muito avançada podem ser incapazes de serem hipnotizadas. “Quem tem Síndrome de Down ou Autismo também pode ser bastante desafiante. Fora isso, qualquer pessoa que tenha uma capacidade cognitiva dentro na normalidade pode ser submetida à hipnose com eficácia”, diz o especialista. 

Fonte: Agência Beta Este conteúdo é de propriedade intelectual do Terra e fica proibido o uso sem prévia autorização. Todos os direitos reservados.
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